Zuckerberg afirma compromisso em evitar manipulação eleitoral, inclusive no Brasil

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/04/2018 13h13
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Reprodução/Facebook Entre as disputas "cruciais" nas urnas nos meses adiante, ele cita a do Brasil, do México, da Índia e do Paquistão

O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, deve falar amanhã a congressistas dos Estados Unidos, quando será questionado sobre o recente escândalo de uso de dados da rede social pela empresa britânica Cambridge Analytica, que trabalhou na campanha à presidência de Donald Trump. Em seu discurso preparado, já divulgado hoje, Zuckerberg enfatiza o compromisso de sua companhia em trabalhar para tentar evitar qualquer manipulação, inclusive em eleições. Entre as disputas “cruciais” nas urnas nos meses adiante, ele cita a do Brasil, do México, da Índia e do Paquistão.

No discurso divulgado por um comitê da Câmara dos Representantes, Zuckerberg admite que sua empresa não tinha uma visão geral de sua responsabilidade, “e esse foi um grande erro” Segundo ele, não foi feito o suficiente para evitar que os instrumentos disponíveis da rede “fossem usados para prejudicar” O executivo disse que houve erros em “notícias falsas, interferência estrangeira em eleições e em discursos de ódio e privacidade”. Ele assumiu responsabilidade pessoal por esses erros, como comandante da companhia.

Zuckerberg disse que, nas últimas semanas, sua equipe tem trabalhado para entender exatamente o que ocorreu no episódio da Cambridge Analytica e para adotar medidas que impeçam episódios do tipo. Ele informou que a rede social busca fortalecer suas salvaguardas, para que não se possa ter acesso a informações que possam ser usadas, por exemplo, na tentativa de distorcer eleições. Também haverá mais restrições a quem pode acessar alguns dados e são realizadas investigações sobre outros aplicativos que também possam levar a informações, explicou.

Ele afirmou ainda que, desde 2016, são elaborados mecanismos para evitar abusos, como a interferência nas últimas eleições presidenciais russas, em 2016. Segundo o executivo, a empresa não tem esperado legislação específica para enfrentar esses riscos.

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