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“Acham que se você não está na TV, não está em lugar nenhum”, diz Mel Lisboa

“Se você não está na TV

Com apenas 19 anos, Mel Lisboa já despontava como um dos novos e promissores rostos da dramaturgia. Com um papel forte e sensual no seriado “Presença de Anita” (2001), a atriz contracenava com o veterano José Mayer e caiu no gosto do público.

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“Foi um trabalho que eu me joguei, fui de cabeça. Não tinha a menor consciência do tamanho, da proporção que isso ia tomar, da sensualidade e de como isso ia chegar às pessoas. Minha grande preocupação era com a interpretação, em fazer bem o papel. Parei tudo para viver isso e até hoje as pessoas se lembram, em como marcou”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (30).

Depois do trabalho ela fez outras três novelas na Globo, três na Record, filmes nacionais e passou a se dedicar cada vez mais ao teatro.

“Minha carreira foi para um lugar diferente do esperado e que eu curto muito, me sinto bem com o que eu faço. Tem gente que trabalha a vida inteira e nunca faz um trabalho que tenha aquela aceitação que eu tive de cara. As pessoas tendem a achar que o sucesso de um ator está ligando somente à televisão, não importa o que você faz fora disso. Se você não está na TV, não está em lugar nenhum”.

Com 15 anos de experiência, ela ressalta que ainda aprende muitas coisas e amadurece a cada dia, prezando pela liberdade. “Estou sem contrato por escolha minha, quis ser independente de emissora, não quero ser atriz de nenhuma emissora, quero ser de todas e poder fazer o que eu curto. Acho que o maior exercício do ator é o teatro, seja em ensaio ou temporada, a leitura ajuda, observar tudo a seu redor, transitar em meios diferentes e observar as pessoas porque elas são o seu material de trabalho”.

Espetáculo

Já há dois anos em cartaz com “Rita Lee Mora Ao Lado”, a atriz chega novamente com a peça em São Paulo, onde estreia em 2 de abril e fica até o dia 24.

“Ela pega a vida da Rita de um modo geral, para dar uma pincelada, em quem é esta pessoa, de onde ela vem, os pais, a infância. Eu tive que estudar muito, cheguei em um momento que eu penso: eu quero ser a Rita Lee. Odiava a minha voz, achava que nunca ia cantar na vida e quando me chamaram achei louco, insano, mas era um desafio tão bacana, tão importante para mim”, derreteu-se.

E a personagem real, obviamente, não perdeu a oportunidade em assistir à trama e foi só elogios ao trabalho do elenco. “Não sabia que ela estava lá, todo mundo me protegeu, porque eu ficaria muito nervosa. Aliás, eu já estava, porque o Ney [Matogrosso] também estava na plateia. Quando estava agradecendo, olhei e ela estava lá, comecei a chorar e só parei uns três dias depois. Foi muito maluco, quando ela veio falar comigo, eu nem registrava as coisas. É muito fod* você fazer um papel, estudar a pessoa, que é tão importante, tão icônica e ela ir lá te assistir”.

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