Cantor do Backstreet Boys, Nick Carter é processado por estupro de menor autista e transmissão de IST

Segundo relato da vítima, o artista forçou relações sexuais no ônibus da banda e teria a contaminado com o vírus HPV em 2001

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2022 20h56 - Atualizado em 08/12/2022 20h59
Alberto E. Rodriguez / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP Nick Carter Back Street Boys Essa não é a primeira vez que Carter é acusado de agressão sexual

Nesta quinta-feira, 8, foi aberto um processo judicial contra o cantor Nick Carter, de 42 anos, integrante da boy band dos anos 90 Backstreet Boys. Ele é acusado de estuprar uma jovem de 17 anos em 2001 após um show no Estado de Washington, nos Estados Unidos. Além do estupro, no processo ainda consta que Carter foi responsável por infectar a vítima com o Papilomavírus Humano (HPV), uma espécie de Infecção Sexualmente Transmissível (IST). A vítima, que é autista e vive com paralisia cerebral, realizou uma coletiva de imprensa na Califórnia ao lado de seu advogado Mark Boskovich. Segundo o relato, ela conheceu o artista quando pediu um autógrafo após a apresentação. Ele teria a convidado para acompanhá-los em um ônibus da turnê, onde teria dado para ela beber um líquido descrito como “suco VIP”. “Depois que ela tomou o suco, Carter a levou ao banheiro do ônibus, a mandou ajoelhar, abaixou suas calças, expôs seus genitais e a ordenou que realizasse atos sexuais. Ela era virgem […] e chorou durante o ato, mas isso não o deteve. Em seguida, Carter a levou para uma cama na parte de trás do ônibus, a empurrou na cama e a estuprou, apesar dos repetidos pedidos para que parasse”, contou o advogado. “Embora eu seja autista e viva com paralisia cerebral, creio que nada tenha me afetado mais na vida que o que Nick Carter fez e disse pra mim”, afirmou a vítima aos prantos. Ela contou que depois do ataque o artista a chamou de “cachorra retardada”, além de deixar hematomas em seu braço e infectá-la com HPV. O advogado complementou que declarações de outras três mulheres, por enquanto anônimas e com casos similares, foram incluídas no processo civil que busca uma reparação econômica. Ruth explicou que não tinha denunciado Carter antes por medo de represálias. “Espero que vindo a público hoje, mais mulheres encontrem a coragem para também falar e responsabilizar Nick Carter”. Esta não é a primeira vez que o músico é acusado de abuso sexual. Em 2017, Melissa Schuman, ex-integrante do grupo pop Dream, disse que Carter a havia estuprado em 2002 quando ela tinha 18 anos, alegação negada por ele na época.  Nem ele nem seus representantes se pronunciaram.

*Com informações da agência AFP

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