Denzel Washington faz justiça com as próprias mãos em “O Protetor”

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2014 10h20
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Fernando Mexía.

Los Angeles (EUA), 25 set (EFE).- Vencedor de dois Oscar, Denzel Washington se transforma em um indômito justiceiro urbano para dar vida ao protagonista de “O Protetor”, thriller no qual o ator se reencontra com o diretor Antoine Fuqua, de “Dia de Treinamento”.

O filme, que estreou nesta quinta-feira no Brasil, mostra a misteriosa história do personagem principal, Robert McCall, um homem que tenta passar despercebido até que as circunstâncias o levam a descobrir que é uma máquina de matar.

“Ele está tentando manter o passado no passado, quer ser normal, se encaixar. Acho que tem medo do que é realmente e está se esforçando para não ser essa pessoa. Isto funciona por um tempo”, comentou Washington em entrevista por telefone à Agência Efe.

A interpretação de Washington sustenta a intensidade de um filme com um argumento previsível e um final fechado, onde o único cabo solto é a identidade de McCall, uma questão que certamente será abordada na sequência na qual já trabalha o roteirista Richard Wenk, caso o filme consiga uma boa bilheteria.

“O Protetor” tem sua premissa em uma série de televisão do anos 80 na qual um ex-agente secreto, depois de se aposentar, se transforma em um justiceiro que vende seus serviços pelos classificados.

No filme, McCall (Washington), funcionário de uma loja de materiais de construção e jardinagem, cria uma relação amistosa com uma jovem (Chlöe Grace Moretz) que vive sob o violento jugo da máfia russa. Após uma série de abusos, o homem decide ajudar a menina custe o que custar.

“Não há nada de superhumano no que ele faz”, explicou Fuqua também em entrevista por telefone à Efe, ao indicar que suas habilidades de luta se baseiam nas que possuem as unidades de operações especiais muito bem treinadas.

“É mais ciência que ficção científica. Há gente que faz isto para o governo como forma de vida”, explicou o diretor.

Fuqua explicou que “parte (dos preparativos do filme) foi também falar com médicos sobre o que acontece com certos tipos de pessoas antes de um momento de violência. A ideia que as pupilas se dilatam, o ritmo cardíaco baixa e tudo é mais calculado para esses indivíduos que têm esse dom”.

Tanto o ator como o cineasta asseguraram ter bem claro quais eram as origens do protagonista – “muito realistas”, disseram – e se mostraram satisfeitos com o resultado do filme, que gerou muita expectativa nos fãs, como refletem sites de crítica cinematográfica como o Rotten Tomatoes.

“Acho que temos um filme com o potencial para ser um sucesso”, comentou Washington, quem até o momento não fez nenhuma sequência em toda sua carreira.

Perguntado pela possibilidade de retomar o papel de McCall em um novo filme, o ator evitou dar uma resposta clara.

“Não penso em uma sequência para nada, mas espero que haja uma razão para pensar nisso. Te direi em meados de outubro. O boca a boca está funcionando e o estúdio está feliz, mas, para fazer uma sequência, primeiro vamos precisar de um sucesso”, disse o ator.

Além de Washington e Grace-Moretz, no elenco estão atores como Bill Pullman e Melissa Leo.

Washington e Fuqua trabalharam juntos em “Dia de Treinamento” (2001), filme que valeu ao ator sua segunda estatueta em 2002, depois da que conseguiu por “Tempo de Glória” em 1990.

No entanto, “O Protetor”, onde a ação ganha terreno sobre o drama, não parece destinado a fazer história no Oscar, ao contrário do próximo projeto da dupla.

O ator e o diretor confirmaram à Efe que farão o “remake” de “Sete Homens e um Destino”, um faroeste clássico de 1960 inspirado no filme “Os Sete Samurais” (1954) de Akira Kurosawa. EFE

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