Danilo Gentili elogia Sydney Sweeney: ‘Sem tatuagem, sem silicone e sem pagar pedágio’
Comediante afirma que atriz de 27 anos, que tem estado no centro de diversas discussões, ‘devolveu graça para o mundo’
O apresentador Danilo Gentili voltou a causar divisão nas redes sociais nesta semana ao publicar um elogio enfático à atriz norte-americana Sydney Sweeney. Conhecido por seu estilo ácido e por críticas constantes ao que chama de “patrulha ideológica”, Gentili utilizou a estrela de Euphoria e Anyone But You como um exemplo do que considera a “beleza real” em oposição aos padrões atuais de Hollywood e das redes sociais.
Em sua conta no X (antigo Twitter), Gentili listou uma série de características de Sweeney que, segundo ele, a tornam especial no cenário atual. O apresentador destacou a ausência de intervenções estéticas e o comportamento da atriz: “Sem tatuagem. Sem silicone. Corpo de mulher normal sem parecer um jegue monstruoso ou um depósito de carne e músculo. Sem harmonização facial. Sem discursinho. Sem tentar agradar pnc. Sem pagar pedágio pra agendinha. Apenas sendo ela mesmo. Ela devolveu a graça pro mundo, meus caros”, escreveu o humorista.
A publicação rapidamente viralizou, acumulando milhares de curtidas e gerando um debate acalorado. Enquanto seguidores do apresentador concordaram com a visão de que Sydney representa um “retorno à feminilidade clássica”, outros criticaram Gentili por objetificar o corpo da atriz e por usá-la como arma em uma guerra cultural contra procedimentos estéticos e movimentos sociais.
A atriz de 27 anos tem estado no centro de diversas discussões que vão muito além de seu talento dramático. Recentemente, ela se tornou o rosto de uma disputa sobre padrões de beleza e política:
A polêmica com a produtora de Hollywood
Recentemente, a veterana produtora Carol Baum (de Pai da Noiva) disparou críticas pesadas contra Sydney, afirmando que ela “não é bonita” e “não sabe atuar”. O comentário gerou uma onda de defesa à atriz, mas também reacendeu o debate sobre o escrutínio constante que mulheres sofrem na indústria cinematográfica.
“Símbolo Anti-Woke”?
Sem nunca ter se declarado politicamente de forma direta, Sweeney acabou sendo “adotada” por setores conservadores nos EUA e no Brasil. O motivo? O fato de ela não focar sua carreira em ativismo progressista e manter uma estética que remete às estrelas de Hollywood das décadas de 1950 e 90.
O polêmico aniversário da mãe
Em 2022, Sydney enfrentou seu primeiro grande cancelamento digital após postar fotos do aniversário de sua mãe. Nas imagens, convidados apareciam usando bonés que parodiavam o slogan de Donald Trump (“Make Sixty Great Again”) e coletes que remetiam a símbolos da direita americana. Na época, a atriz pediu que as pessoas “parassem de tirar conclusões precipitadas”, afirmando que era apenas uma celebração familiar.
O Trocadilho: “Great Jeans” vs. “Great Genes”
A polêmica girou em torno do slogan da campanha: “Sydney Sweeney Has Great Jeans” (Sydney Sweeney tem ótimos jeans). O problema, para os críticos, foi o trocadilho fonético com a palavra “genes” (genética). No comercial, a atriz aparece em close e diz: “Os genes são passados de pais para filhos, muitas vezes determinando características como cor de cabelo, personalidade e até cor dos olhos. Meus jeans são azuis.”
O vídeo gerou uma divisão imediata e profunda. Setores da militância progressista e alguns colunistas de moda interpretaram o anúncio como um “dog whistle” (mensagem subliminar). Eles argumentaram que exaltar a “genética superior” de uma mulher loira e de olhos azuis flertava com ideais de eugenia e supremacia branca. Por outro lado, o público conservador e fãs da atriz ridicularizaram as críticas, chamando-as de “surto da cultura do cancelamento”. Para eles, era apenas uma brincadeira óbvia com o fato de Sydney ser considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo.
A controvérsia tomou proporções tão grandes que até o então candidato Donald Trump comentou o caso, elogiando o comercial como o “anúncio mais quente do momento” e defendendo a atriz contra o “patrulhamento woke”.
Sydney Sweeney, que costuma manter um perfil discreto sobre política, quebrou o silêncio apenas meses depois, em entrevistas recentes (novembro e dezembro de 2025) para a GQ e a People. Ela afirmou ter ficado “honestamente chocada” com a interpretação negativa. “Eu fiz o anúncio porque amo jeans. Não apoio as visões que algumas pessoas escolheram associar à campanha”, declarou. A atriz admitiu que seu silêncio inicial pode ter “aumentado a divisão”, mas reforçou que sua intenção nunca foi política. Apesar da confusão, a estratégia de marketing funcionou: as ações da American Eagle subiram e as vendas da linha de jeans esgotaram em diversas lojas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA


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