‘Não fui lá para fazer amizades’, diz Rafael Ilha sobre ‘A Fazenda’
Vencedor da última edição de “A Fazenda“, Rafael Ilha está muito contente com sua participação no reality – mesmo que isso tenha custado algumas inimizades. “Não fui lá para fazer amizades. Se eu quisesse fazer amizades, iria para um cruzeiro”, esclareceu Ilha em entrevista ao Pânico nesta sexta-feira (1).
No confinamento, o ex-cantor enfrentou algumas situações que já esperava, como alguns participantes usarem seu problema com drogas para tentar o desestabilizar. “Sabia que iam mexer com meu passado, mas não achava que as pessoas seriam tão burras de fazer isso em um programa que tem a audiência da ‘Fazenda'”, disse. “Se tiver um preconceito, a pessoa é muito burra de expor isso para o Brasil.”
Para ele, o elenco de “A Fazenda” do ano passado estava cheio de “crianças imaturas”. “Ali tinha um monte de crianças imaturas e usuários de drogas”, declarou. “Eu cuidei de um que ficou 15 dias em depressão por abstinência de maconha, até tentou pegar cogumelo do jardim”, contou, sem citar nomes.
O cantor, no entanto, revelou que não foi nada fácil sair do reality com o prêmio de R$ 1,5 milhão – que ele admitiu ter sido reduzido por causa dos impostos. “Pensei umas quatro vezes em tocar o sino”, confessou sobre tentar desistir do programa. “O problema não era nem o jogo, foi a saudade da minha família aqui fora”, afirmou.
Após o fim do programa, muita gente especulou que a vitória de Rafael Ilha já estava definida desde o começo do reality e foi manipulada. Ele garantiu que isso não aconteceu, ressaltando que a Record montou um esquema de segurança para que as votações não fossem manipuladas. “Por duas vezes nessa edição, a votação foi encerrada porque eles detectaram ação de call center e hackers”, contou.
Drogas
Conhecido desde o sucesso com o grupo Polegar, nos anos 1980, Rafael Ilha venceu “A Fazenda” após ter uma série de problemas com drogas, o que o fez até morar na rua. O artista disse que é muito bem resolvido com seu passado. “Eu sou um vitorioso”, comemorou.
Ele lembrou de quando foi internado em uma clínica para tratar do vício em cocaína, quando tinha apenas 15 anos. “Eu experimentei a cocaína com 15 anos e no mesmo ano tive minha primeira internação. Tomava choque duas ou três vezes por semana. Era uma coisa terrível e pesada para um garoto de 15 anos”, lamentou.
O ex-cantor também sobre a atitude de Fábio Assunção, que vai reverter os lucros de uma música que zoa seu vício para instituições que tratam de dependentes químicos. “Achei fantástica a posição do Fábio Assunção. Ele nunca tinha tido uma postura daquele jeito”, disse Rafael.
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