Jovem Pan
Publicidade

Prince compara contratos fonográficos com escravidão

Prince lança nova faixa sobre os problemas raciais dos EUA

Apenas alguns dias após anunciar que distribuirá seu próximo disco exclusivamente através do Tidal, a plataforma musical de streaming de Jay-Z, Prince justificou as razões para este formato de lançamento: “Os contratos fonográficos são como a escravidão”.

Publicidade
Publicidade

Em um atípico encontro realizado sábado (08) em seu estúdio em Mineápolis, nos Estados Unidos, com apenas dez jornalistas, divulgado nesta segunda-feira (10) pela emissora americana “NPR”, o autor de “Purple rain” aconselhou os jovens artistas a não assinarem este tipo de contrato de trabalho.

Segundo o relato da NPR, Prince criticou os músicos serem transformados em “criados presos por contrato” às gravadoras, com um controle pequeno sobre a distribuição de suas criações, e se mostrou especialmente receoso com os acordos assinados com plataformas de streaming e a receita que finalmente chega para os autores por esta via.

Este é o ponto para ele que marca a importância de ser um artista, Jay-Z, a controlar uma destas plataformas, e destacou a liberdade na realização de seu novo trabalho, parte da relação que os dois construíram. “Jay-Z investiu US$ 100 milhões de seu próprio dinheiro para construir este serviço. Temos que apoiar os artistas a tentarem ser donos de si mesmos”, acrescentou Prince.

Em julho, Prince solicitou a retirada de seu catálogos de música de várias plataformas na internet. “Se isso é o que se sente com a liberdade, ‘HitNRun’ é como soa (a liberdade)”, comentou no comunicado enviado este fim de semana à imprensa, no qual informou ainda que levou 90 dias para fazer “HitNRun”, o 34º disco de estúdio de sua carreira.

Este álbum “em liberdade” chegará depois de, após anos de desencontros com as gravadoras tradicionais, parecesse ter chegado a um novo entendimento com elas quando em 2014 lançou dois álbuns pela Warner Music, “Plectrumelectrum”, junto com o grupo feminino de rock 3rd EyeGirl, e “Art Official Age”.

Não é a primeira vez que Prince fala de “escravidão” ao se referir à sua relação com as multinacionais. Em 1995, quando começou a pedir para ser chamado de Artist Formerly Known As Prince (artista anteriormente conhecido como Prince), apareceu em público e em fotos com a palavra “escravo” escrita no rosto.

Desta maneira, quis mostrar seu descontentamento com a política de lançamentos da Warner Music, que atrasou dois anos do disco “The gold experience”, segundo eles, para “não saturar o mercado” com a obra de Prince, que ficou ligado à companhia até 1992 em um contrato multimilionário.

Publicidade
Publicidade