Taylor Swift inova mais uma vez: entenda a nova onda de preços dinâmicos em ingressos

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2018 16h32
Reprodução

A norte-americana Taylor Swift já é conhecida por liderar as discussões internacionais sobre as novas maneiras de os artistas ganharem dinheiro na era digital. Ela passou os últimos três anos brigando com os serviços de streaming pelo baixo repasse aos músicos, por exemplo, e voltou ao Spotify somente após uma franca conversa com o CEO da empresa que rendeu melhorias nos contratos. Agora, a cantora aposta em mais uma inovação do meio musical que tem contrariado o mercado: a adoção de preços dinâmicos na venda de ingressos.

Funciona exatamente da mesma maneira que em alguns aplicativos de transporte, como no Uber. Nesses apps, os preços oscilam e ficam maiores quando a procura dos usuários é maior e menores quando a procura é menor. De acordo com uma pesquisa da Billboard, se você entrasse no Ticketmaster em janeiro e procurasse por ingressos da terceira fila para o show de Taylor no dia 2 de junho no Chicago’s Soldier Field, encontraria-os por 995 dólares. Se entrasse três meses depois, porém, veria os mesmos assentos por 595 dólares.

Segundo a publicação, trata-se de uma tentativa de combater a ascensão de sites de revenda em que os usuários entram para repassar ingressos que eles compraram e, por algum motivo, não poderão usufruir. O mais popular deles é o StubHub, plataforma que faturou 1 bilhão de dólares em 2016. “Se alguém vai pagar 500 dólares em um ingresso que custou 150, a banda deveria receber esse dinheiro”, explicou Doc McGhee, empresário do Kiss.

E assim como toda tentativa, a inovação de Taylor – que nessa temporada será seguida por outros grandes nomes, como U2, Kenny Chesney, Pink, the Eagles e Shania Twain – por enquanto tem resultados confusos. Enquanto suas turnês anteriores esgotaram quase que instantaneamente, muitos assentos ainda estão disponíveis para os shows da Reputation. E o que isso significa? Ainda não é possível dizer. Mas alguns especialistas já especulam possíveis conclusões.

“A indústria está adotando um novo mantra. Se você vende muito rápido, não colocou os preços certos”, declarou à Billboard Gary Bongiovanni, editor-chefe da publicação especialziada Pollstar. “As companhias aéreas querem esgotar suas passagens e fechar logo seus vôos? Ou elas querem vender por um preço maior e eventualmente esgotá-las? A situação é parecida com essa”, completou outro especialista.

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