Coronavírus: 120 mil perderam empregos com paralisação de Hollywood

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2020 09h42 - Atualizado em 20/03/2020 11h21
EFE A man wearing a protective mask travels on the Milan's metro, Italy, 25 February 2020. Italian authorities say that there more than 300 confirmed cases of COVID-19 disease were registered in the country, with at least ten deaths. Precautionary measures and ordinances to tackle the spreading of the deadly virus included the closure of schools, gyms, museums and cinemas in the affected areas. (Cine, Italia) EFE/EPA/MATTEO CORNER Estúdios e emissoras de TV suspenderam produções e deixaram milhares de freelancers desempregados nos EUA

O sindicato do entretenimento dos Estados Unidos, conhecido como Iatse, divulgou nesta quinta-feira (19) uma estimativa que indica que pelo menos 120 mil pessoas perderam emprego no setor devido ao novo coronavírus, a maioria delas em Hollywood.

Com cerca de 150 mil integrantes, pelo que 80% dos seus membros, que são na maioria técnicos que se dedicam a trabalhos em rede como freelancers, teriam perdido os seus trabalhos depois que boa parte das rodagens de cinema e televisão terem sido interrompidas.

Os empregos perdidos incluem assistentes de produção, roteiristas, designers, maquiadores e outros trabalhos ligados à indústria cinematográfica.

O Sindicato Internacional de Cineastas, por sua vez, mencionou as demissões em uma mensagem aos seus membros e distribuída pela imprensa especializada. “Quando você ler este comunicado, as circunstâncias em que nos encontramos já terão mudado”, diz a carta, destacando o dinamismo da crise.

Os sindicatos anunciaram que vão pedir ao governo dos Estados Unidos que inclua empregos relacionados com a indústria do entretenimento como beneficiários dos fundos de ajuda que está sendo preparado pelo Executivo para aliviar as consequências econômicas da pandemia.

Além disso, o Iatse aprovou uma cota de US$ 2,5 milhões para três instituições de caridade do setor. Outra iniciativa chamada #PayUpHollywood – pague Hollywood – tenta angariar donativos para trabalhadores desfavorecidos, em um sindicato onde alguns poucos trabalhadores acumulam milhões e outros tantos, alguns não sindicalizados, encadeiam períodos de trabalho com sequências sem rendimentos.

A Recording Academy, organizadora do Grammy, vai criar um fundo para aliviar os efeitos que a crise está tendo na indústria musical e, especialmente, em apresentações ao vivo. “Vale desde shows em hotéis e bares até grandes festivais de música”, disse a academia em comunicado.

*Com EFE

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