Jornalista da Globo diz que se infiltrou em bar e bebeu com Fidel Castro para conseguir entrevista

Mariana Gross deu detalhes da experiência que viveu na época em que estagiava em uma rádio; assista

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2021 09h47
Reprodução/Instagram/marigross1/08.09.2021 Mariana Gross apresentando o jornal Mariana Gross contou que conseguiu uma entrevista com Fidel Castro no bar

 

A jornalista Mariana Gross, que apresenta o “RJTV” na Globo, contou que já se infiltrou em um bar e bebeu com Fidel Castro para tentar uma entrevista para a Rádio CBN, empresa em que estagiou no início da carreira. No “Que História é Essa Porchat?”, do GNT, a apresentadora disse que foi escolhida para acompanhar Fidel durante um evento que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1999, que reuniu mais de 40 chefes de Estado. “Fui designada para ficar na cola do Fidel Castro. Depois eu entendi, o Fidel não sai da rotina dele. Ele não ia dar uma entrevista para mim de repente, não ia conseguir um furo, não ia dar trabalho”, comentou. “Ficamos quatro dias cercando o Fidel, ele veio com a guarda nacional de Cuba, sempre cercado, com aquela farda verde oliva. Estava fazendo amizade com a guarda dele, com os assessores, mas não consegui nada”. Na última noite do evento, Mariana já tinha desistido da entrevista quando viu Fidel, por volta das 23h20 da noite, indo a um bar com um blazer e a barba penteada. 

Ela decidiu entrar no local com seu motorista e não foi barrada porque conhecia os assessores do político cubano, que morreu em 2016. “Sentei bem perto”, afirmou a jornalista que começou a pedir as mesmas bebidas que Fidel pedia. “Estava jogando charme para ele. Eu não bebia nada”, contou aos risos. “Comecei a me aproximar dos assessores e perguntei se ele poderia dar uma palavrinha comigo, disse que não ia perguntar nada que ele não quisesse, que eu ia falar um pouco do Brasil e que era importante para mim porque era iniciante.” Mariana já havia perdido as esperanças quando ouviu Fidel dizendo: “Vem, gatica”. Eles então começaram a beber e conversar. “Ele perguntou se eu conhecia Cuba, disse que não, mas gostaria de conhecer. Estava naquele papo mole, tentava embutir uma pergunta da política externa, uma pergunta sobre a relação Brasil e Cuba, ele saia pela tangente. Chegou uma hora que ele disse que tinha que ir. Não rendeu nada.” A jornalista disse que ficou preocupada com a conta, pois era estagiária, mas Fidel tinha deixado tudo pago. “Fiquei feliz nessa hora”, confessou.

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