Uma Gucci retrô abre a Semana de Moda de Milão
Roma, 19 fev (EFE).- O desfile da Gucci inaugurou nesta quarta-feira a Semana da Moda de Milão 2014 com uma aposta “retrô”, inspirada na década de 1960 e com uma estética sóbria para a mulher da próxima temporada outono-inverno.
A estilista da Gucci, Frida Giannini, apresentou uma linha de roupa que complementa o homem apresentado na Semana da Moda de Milão – a masculina.
Frida comentou após o desfile que sua roupa é para uma mulher “que quer gostar mais de si mesma do que dos outros”.
A peça mais forte da coleção foi a saia de linha, sempre acima do joelho, frequentemente acompanhada por botas de salto médio, tanto para o dia como para a noite.
Os vestidos exibidos pelas modelos foram em sua maioria de corte simples, alternando tela e peles – essas, especialmente em casacos.
Em tom sóbrio, a prestigiada casa italiana mostrou como norma uma paleta de cores pastel, com um também forte predomínio do preto e branco e com uma presença eventual de estampa animal, como cobra ou girafa.
Quanto aos acessórios, se sobressaíram as bolsas simples e de tamanho médio, sempre combinando com as botas, enquanto os óculos de sol apareceram com lentes fumê, ligeiramente transparentes, com cores sempre combinando com o tom da roupa.
A mulher da Gucci veste peças lisas de contornos precisos que marcam bem o contorno feminino.
Em contraste com a silhueta enxuta, os grandes casacos de pelúcia rosa ou azul foram os encarregados de dar voluptuosidade à coleção.
Outra grife italiana que passou hoje sob os holofotes da passarela milanesa foi Frankie Morello.
Morello apresentou uma menina inquieta, inspirada no filme “As Virgens Suicidas” (1999), de Sofia Coppola, e cuja apresentação foi marcada por um notável tom de frieza e nostalgia.
A passagem de suas peças pela passarela foi um passeio no limite que separa duas realidades bem diferentes.
De um lado, uma moça delicada, que veste tons rosados, “nude” e celeste, envolta em transparências e em volumosas saias de três camadas.
De outro, a moça de Morello sofre uma evolução para entrar em um mundo obscuro, onde o protagonista é o preto.
Vestidos escuros com estampas orgânicas cobertos por casacos de lã até os joelhos, que combinam com botas de tendência militar.
“Nossa mulher é uma intelectual que estuda e se informa, que sempre carrega um livro”, explicaram os criadores da marca ao final do desfile. EFE
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