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Após acusação de plágio, Olimpíada de Tóquio mudará sua logomarca

Logotipos são bastante parecidos

Depois de meses de controvérsia envolvendo um suposto plágio, a logomarca oficial da Olimpíada de Tóquio-2020 será mudada. Nesta terça-feira, o Comitê Organizador do evento anunciou que desistiu de seu atual emblema.
A entidade já retirou o símbolo de seu site oficial, e o substituiu pelo que foi utilizado na época em que Tóquio ainda era candidata a receber os Jogos Olímpicos. Na época, a logomarca era uma coroa de flores. 

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O símbolo foi criado pelo designer Kenjiro Sano, e divulgado em julho. Desde então, a peça recebeu acusações de plágio por parte do belga Olivier Debie. Ele apontou que a logomarca japonesa era muito parecida com a feita por ele para o Teatro de Liége. Debie, inclusive, entrou com processo na Justiça contra o Comitê de Tóquio-2020.

Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, os organizadores dos Jogos Olímpicos no Japão disseram que a mudança não tem a ver com o imbróglio envolvendo Debie. A troca, segundo eles, é devido à falta de apoio popular à logomarca.
“Temos certeza de que as duas logomarcas são diferentes. No entanto, soubemos de fatos novos no último fim de semana, e há um clima de crise que não podemos ignorar. O motivo da alteração é que o símbolo não tem mais o apoio popular”,  disse Toshiro Muto, diretor geral da Olimpíada de Tóquio-2020.

O fato novo mencionado por Muto teria sido a confissão de que a equipe de Kenjiro Sano se inspirou em uma campanha promocional de uma marca de cerveja local, que um dos integrantes participou. 
A reprovação popular chegou à internet. Recentemente, uma petição online colheu 22 mil assinaturas pedindo a troca da logomarca olímpica. 
O Comitê Organizador de Tóquio-2020 anunciou que uma nova concorrência pela logomarca olímpica será realizada, ainda sem data definida.

O escândalo envolvendo a troca da logomarca é mais uma crise que o comitê organizador dos Jogos de Tóquio precisa gerenciar. O suposto plágio por parte de Kenjiro Sano enfureceu autoridades japonesas.
“Isto é uma questão de credibilidade, e quero que o Sr. Sano se explique. Eu sinto que fui traído”, disse Yoichi Masuzoe, governador de Tóquio.

O outro ponto crítico é o Estádio Olímpico. Tóquio colocou em seu projeto olímpico a reconstrução do local que foi utilizado nos Jogos de 1964, com um custo de US$ 2 bilhões. A cidade desistiu do projeto, por causa dos gastos exorbitantes. O fato colocou ainda mais um ponto de interrogação sobre a principal arena do evento. Especula-se que o novo estádio pode ficar pronto com pouco tempo para a cerimônia de abertura, apenas alguns meses antes.

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