Após demissão, Luxa ataca gestores do Fla: “não entendem nada de futebol”

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2015 11h54
RIO DE JANEIRO, RJ - 26.05.2015: COLETIVA LUXEMBURGO - Vanderlei Luxemburgo durante Coletiva da sua saída do Flamengo no Hotel Windsor Barra. (Foto: Celso Pupo /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 926555 Folhapress Luxemburgo concedeu coletiva nesta terça (26) para comentar sua demissão do Flamengo

Menos de 24 horas após ser demitido do Flamengo, o técnico Vanderlei Luxemburgo concedeu entrevista coletiva no Rio de Janeiro e comentou sua saída do rubro-negro carioca. Luxa afirmou nesta terça-feira (26) que não entendeu sua demissão, destacou que ele e o gerente de futebol Rodrigo Caetano não foram ouvidos dentro do clube e criticou duramente o grupo gestor que comanda o futebol flamenguista.

“Fico surpreso porque há 20 dias, 25 dias atrás, quando eu tive uma sondagem oficial do São Paulo, uma ligação do presidente deles, e o presidente do Flamengo disse que eu ficaria no Flamengo e que eu seria fundamental para o projeto do Flamengo”, afirmou Vanderlei.

“Queria saber como em três semanas deixei de ser fundamental. É uma surpresa muito grande, como é que fica a situação do profissional? E o presidente do clube fala que eu era fundamental para o projeto, talvez fosse um projeto de 20 dias”, completou o treinador.

“O Flamengo trabalha com o grupo gestor. Nós, eu e Rodrigo Caetano, contratados, não somos ouvidos. O grupo resolve as coisas e não sabe nada de futebol. Podem ser competentes nas suas empresas. O Caetano fica de pés e mãos atadas. O grupo gestor veta tudo. Que experiência tem em futebol?”, esbravejou Luxemburgo. “O grupo gestor que resolve tudo e não sabe nada de futebol. Todas as ideias que colocamos precisam ser analisadas pelo Conselho Gestor, mas no futebol não sabem nada. No administrativo financeiro estão bom, mas no futebol nada. Não adianta aparecer no NYT”, completou o ex-comandante rubro-negro.

Luxemburgo afirmou que foi demitido por conta de sua personalidade e destacou que tenta auxiliar o clube nas contratações: “fui demitido, com certeza absoluta, por causa da minha personalidade. Eles querem alguém que diga amém para eles”, disse. “Participei sempre, ajudando e tentando fazer com que a coisa ficasse melhor. Eu telefonei para o Robinho umas dez vezes, porque eu sabia que isso poderia ajudar para ele chegar. Mas eu nunca interferi em negociação”, completou.

Livre no mercado, o treinador destacou ainda que, caso o São Paulo o procure, está disposto a negociar com o tricolor do Morumbi: “o São Paulo tem o melhor elenco do Brasil hoje e um convite é de envaidecer. Como estou livre no mercado, não estou me oferecendo, mas se houver propostas, vou ouvir. Tem dois clubes no Brasil que tenho vontade de trabalhar e tive propostas, mas não atendi pelo Flamengo: São Paulo e Internacional. Se o São Paulo fizer convite, estou livre para aceitar”, comentou o técnico 5 vezes campeão brasileiro.

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