Blatter afirma que não será candidato à presidência da Fifa em fevereiro

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2015 12h46

Genebra, 20 jul (EFE).- O suíço Joseph Blatter confirmou nesta segunda-feira, em conturbada entrevista coletiva, que não será candidato à presidência da Fifa, em eleições que foram marcadas para 26 de fevereiro do ano que vem.

“Após deixar o cargo me dedicarei ao jornalismo em rádio”, disse o dirigente.

A coletiva na sede da entidade, em Zurique, primeiro teve atraso de uma hora, e quando Blatter chegou a sala de entrevistas, acabou interrompido por um humorista britânico, que fez um breve discurso e depois jogou notas falsas de dinheiro em direção ao suíço.

Depois da retirada do invasor por seguranças, o presidente da Fifa mostrou bom humor, inclusive ao falar do escândalo de corrupção que abalou a entidade, com a prisão de vários dirigentes do alto escalão, entre eles, José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

“Estou muito feliz por estar hoje aqui entre os senhores, porque isso demonstra que estou vivo, e que o tsunami que aconteceu depois de 27 de maio não me levou com ele”, afirmou Blatter.

O presidente da federação internacional admitiu, logo em uma das primeiras respostas, que a decisão de deixar o cargo e convocar novo pleito aconteceu por causa da forte pressão que sofria por todos os lados, o que o deixou sem opções.

“A pressão vinha não só do que ocorreu, mas também houve interferências políticas, e pressão até de vocês, dos meios de comunicação. Diante disso e não para me defender, já que posso me defender sozinho, mas sim para defender a Fifa, decidi jogar a bola para fora do campo”, explicou.

Blatter concedeu entrevista hoje pouco depois da reunião extraordinária do Comitê Executivo, o que determinou, entre outras decisões, o dia 26 de fevereiro, como data das eleições presidenciais da Fifa.

Além disso, os integrantes do órgão decidiu que será estabelecida uma “força de trabalho de 11 pessoas”, para que começa a reforma da entidade. Blatter salientou, no entanto, que este processo já começou em 2011.

Segundo o presidente, estão sendo implementados “controles de integridade” dos membros diretores da Fifa, garantindo que os limites aos mandatos são importantes para evitar a corrupção.

“Os limites, contudo, precisam ser estabelecidos em todos os níveis, nas confederações, nas associações, já que a Fifa não pode controlar a todos. Eu não posso ser declarado responsável do comportamento moral de pessoas que eu não elegi”, explicou o presidente da federação internacional. EFE

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