Candidato celebra fracasso no leilão do Canindé e reclama: “a Lusa foi enforcada”

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2016 16h41
Luis Moura/Agência Estado Estádio do Canindé Dívidas da Portuguesa levaram o estádio do Canindé a leilão

O fracasso no leilão do Canindé, realizado na semana passada e que não contou com nenhum lance, agradou a quem deseja assumir o comando da PortuguesaCandidato à presidência do clube rubro-verde nas eleições do fim do ano, Alexandre Barros gostou da ausência de interessados na compra da parte do estádio que pertence à Lusa – uma área de aproximadamente 42 mil metros quadrados. 

“Para a gente, foi um sucesso não ter ninguém para dar lance, porque o patrimônio se mantém para a Portuguesa”, celebrou Barros, em entrevista exclusiva a Felipe Altarugio que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan. “Pode haver um novo leilão entre fevereiro e março… Se isso acontecer, que também não apareça ninguém para comprar esta área que pertence à Portuguesa“, implorou. 

O leilão do Canindé aconteceu na última sexta-feira, mas não houve interessados em fazer propostas – nem pelo site, nem presencialmente. O lance inicial, de R$ 74 milhões, foi estipulado pela Justiça, que avaliou o valor total do terreno em R$ 123 milhões – a Portuguesa afirma que a área vale, na verdade, R$ 360 milhões. 

“O valor inicial do leilão, de R$ 74 milhões, é absurdo perto do que vale o patrimônio da Portuguesa. Este valor não paga nem metade das dívidas que o clube tem hoje, em torno de R$ 200 milhões”, reclamou Alexandre Barros, referindo-se ao valor que a Portuguesa deve a ex-jogadores e funcionários do clube – foram estas dívidas trabalhistas que motivaram o leilão do estádio. 

Agora, com a negativa do leilão, torcemos para que os atletas entendam que é melhor fazer um acordo com a Portuguesa para receber o que precisam… Aí, clube e jogadores seguem as suas vidas, pediu Barros, que está prestes a assumir um clube recém-rebaixado à Série D e com as contas completamente comprometidas. 

“A Portuguesa foi enforcada, está sendo asfixiada…”, reclamou. “Simplesmente 100% das receitas do clube estão presas. O juiz da 59ª Vara do Trabalho de São Paulo pleiteia o bloqueio total de todas as rendas da Portuguesa… Dos patrocínios da camisa aos aluguéis. O clube não consegue viver assim”, finalizou.

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