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Cavadinha é melhor que choro: sete lições do Chile para a Seleção Brasileira

A conquista histórica do Chile mostrou o quanto podemos aprender com os nossos vizinhos

O Chile foi campeão da Copa América pela primeira vez no último fim de semana. O torneio continental não é uma Copa do Mundo, mas, de certo modo, toda a expectativa criada sobre a atual geração da “Roja” lembrou a pressão sobre os brasileiros na última Copa. Só que o choro no final foi bem diferente: de pura alegria.

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A Jovem Pan Online reuniu algumas lições que a nossa Seleção pode aprender com a chilena após a Copa América.

Cavadinha é melhor que choro (ou: como usar a pressão a favor). Depois do desastre na Copa do Mundo de 2014, ficou claro o despreparo psicológico da Seleção Brasileira, simbolizado pelo choro de Thiago Silva antes das cobranças de pênalti contra o próprio Chile nas oitavas de final. Na Copa América, os chilenos deram uma lição de como usar a pressão dos torcedores, que sonhavam com o primeiro título da “Roja” na competição, a seu favor. No pênalti que valeu o título, Alexis Sánchez cobrou com cavadinha, mostrando frieza diante de um momento histórico para seu país.

Futebol bonito também vence. O Chile não marcou gols na final, mas este foi o único jogo em que não o fez. Em todos os outros, o time de Jorge Sampaoli praticou um futebol ofensivo, marcado pela troca de passes com inteligência, e não à toa ostenta o posto de melhor ataque da competição, com 13 gols marcados. Uma bela lição para aqueles que, como Dunga, acham que o futebol pragmático conquista mais resultados que o ofensivo.

Como bater pênaltis. O Chile foi eliminado da última Copa do Mundo, nos pênaltis, pelo Brasil. No entanto, nesta Copa América, mostrou muito mais competência na hora das cobranças. Enquanto Everton Ribeiro e Douglas Costa isolaram, os chilenos acertaram todas as suas quatro cobranças na final. Eles mandaram tão bem que mesmo quando o argentino Romero acertou o lado, não conseguiu alcançar.

Um só craque não resolve. O Brasil, quando perdeu Neymar, perdeu de uma só vez a maior parte de suas esperanças de conquistas a Copa América. Realmente, o craque do Barcelona faz falta a qualquer time, mas faz mais ainda àqueles que não se preparam para jogar sem ele. A Seleção Chilena, por sua vez, teve brilho coletivo, e não dependeu apenas de Sánchez e Vidal, seus melhores jogadores.

Como não passar vergonha em casa. No futebol, ser um bom anfitrião e deixar o convidado à vontade é algo negativo. Diferentemente da Seleção Brasileira, que deixou a Alemanha se sentir em casa no Mineirão, o Chile não deu chances para quem o desafiou em seu território. O único que escapou da derrota foi o México, curiosamente um dos piores times da competição. Os outros tiveram uma recepção nada agradável.

Usar jogadores de times brasileiros. Nem só de atletas do futebol europeu vive uma seleção, e o Chile mostrou bem isso. Apesar de contar com Vidal e Sánchez, astros de Juventus e Arsenal, Jorge Sampaoli deu protagonismo a jogadores que atuam no futebol brasileiro, com Aránguiz, do Internacional, e Valdivia, do Palmeiras. O artilheiro da equipe e da Copa América foi Eduardo Vargas, que já passou pelo Grêmio, empatado com Guerrero, que está indo para o Flamengo.

Marcar no campo de ataque é essencial. Muitos falam que o futebol brasileiro tem que se modernizar para voltar a ser competitivo. Para isso, pode começar na frente, no ataque, marcando pressão no campo adversário. Esta é uma estratégia essencial de times vencedores nos últimos anos (Barcelona, Alemanha, Espanha) usada também pelo Chile. Os argentinos sofreram em diversos momentos da final para sair jogando.

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