Clubes uruguaios acusam dirigente da Conmebol de extorsão

  • Por Agencia EFE
  • 14/09/2015 22h00

Montevidéu, 14 set (EFE).- Presidentes de vários clubes de futebol do Uruguai revelaram ter sofrido extorsão do “extorquidos e pressionados” da Conmebol, o espanhol Gorka Villar, informou nesta segunda-feira à Agência Efe, o promotor Juan Gómez.

Os depoimentos são parte de um processo em que dirigentes de clubes e representantes do sindicato de jogadores uruguaio acusam a entidade sul-americana de ser uma “organização criminosa” que se apropriou de dinheiro que iria para as instituições esportivas.

Gómez, que é promotor especializado em combate ao crime organizado, afirmou que, reiteradamente o nome de Gorka Villar, que é filho do presidente da Federação Espanhola de Futebol, Ángel María Villar, foi repetido.

Na última quarta-feira, o jornal uruguaio “La República”, já havia publicado que vários dirigentes admitiram ter sido “extorquidos e pressionados” pelo diretor geral da Conmebol. Alguns admitiram o repasse de dinheiro para o espanhol.

No decorrer do processo, os clubes tiraram a assinatura da queixa, que ficou só com a insituição sindical.

O promotor Juan Gómez explicou que Villar não está sendo investigado, mas que, provavelmente, passará a ser. O dirigente vive em Assunção, no Paraguai, e deverá ser convocado para prestar depoimento.

Entre os clubes que assinaram a denúncia, mas depois desfizeram a ação, estão Juventud de las Piedras, Rentistas, Cerro, El Tanque Sisley, Cerro Largo, Racing e Miramar Misiones.

Yamandú Costa, presidente do Juventud, disse à Agência Efe que os clubes retiraram a assinatura por pressão de exclusão de toda competição oficial, feita diversas vezes pelo próprio Villar. Segundo o dirigente, o Peñarol também participou do início do processo, mas desistiu, para jogar edição da Taça Libertadores.

Em Assunção, o diretor de comunicação da Conmebol, Néstor Benítez, com quem a Efe entrou em contato, evitou falar sobre o tema.

Em 2013, a confederação sul-americana chegou a responder as acusações de vários clubes uruguaios sobre o repasse do dinheiro devido a eles, afirmando se tratar de uma “campanha de descrédito”. EFE

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