Órfão de estrelas, Brasil aposta na camisa para superar o Uruguai na Copa América
Seleção brasileira terá um grande desafio nas quartas de final neste sábado (6) contra o Uruguai, a partir das 22h, no Allegiant Stadium, em Las Vegas; em coletiva, Dorival reforçou que equipe está em processo de reconstrução
Sem o lesionado Neymar e com Vinícius Júnior suspenso, o Brasil terá um grande desafio nas quartas de final da Copa América contra o Uruguai no sábado (6), às 22h (horário de Brasília). Com um time ainda sem identidade, a aposta será na tradição e força de sua camisa. No cargo desde janeiro, o técnico Dorival Júnior ainda não conseguiu dar uma cara à seleção brasileira, que segue longe de seu estilo. Com o empate em 1 a 1 com a Colômbia na terça-feira (2), o Brasil terminou na segunda colocação do Grupo D da Copa América, com 5 pontos somados em nove possíveis. Em entrevista coletiva em Santa Clara (Califórnia), Dorival ressaltou que sua equipe está em processo de reconstrução, o que requer tempo para alcançar uma solidez como a da Colômbia, invicta há 26 jogos. “Essas oscilações vão acontecer, é uma equipe em formação, não podemos esquecer”, ressaltou o treinador. No entanto, a paciência que Dorival pede bate de frente com os problemas que a seleção brasileira precisa resolver a curto prazo, que no momento ocupa a modesta sexta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, uma acima da repescagem.
Vini Jr. suspenso
O Brasil precisava vencer a Colômbia para evitar o Uruguai, que dominou o Grupo C com três vitórias. Embora tenha saído na frente com um gol de falta de Raphinha, a seleção não conseguiu o objetivo e ainda por cima perdeu Vinícius Júnior, que recebeu o segundo cartão amarelo na fase de grupos e está suspenso para o jogo de quartas de final. O atacante do Real Madrid fará companhia a Neymar no próximo sábado na arquibancada do Allegiant Stadium, em Las Vegas (Nevada), perdendo mais uma oportunidade de mostrar que é o líder que a Seleção precisa. Contra a Colômbia, Vini fez seu pior jogo no torneio, depois de ter sido decisivo na goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai, na segunda rodada.
Em todo caso, Dorival terá que buscar soluções para um ataque carente de artilheiros, num momento em que Rodrygo parece sentir o peso de ser o camisa 10 com a ausência de Neymar. “Até pouco tempo ouvia dizer que o Brasil tinha de aprender a jogar sem os protagonistas, é o momento. Vini fica fora, estamos sem Neymar por algum tempo, em algum momento não os teremos em uma partida, outros terão de aparecer”, disse Dorival. Com Rodrygo e Raphinha aparentemente titulares, as outras duas opções são os jovens Savinho, que marcou contra o Paraguai, e Endrick, que ainda espera uma oportunidade para começar jogando.
“A equipe mais vencedora do mundo”
Até agora o Brasil se mostrou confortável em abrir mão do rótulo de favorito, mas contra a Colômbia, ao encarar a hora da verdade, mandou um recado para quem dá a Seleção como morta. “O Uruguai vive grande momento. Hoje três equipes se destacam: Argentina, Uruguai e Colômbia, além da Venezuela. Mas a seleção brasileira é a seleção brasileira (…) Temos qualidade para sair deste momento”, destacou Dorival.
“Vamos para o jogo com confiança na nossa equipe, na nossa qualidade, inclusive sem o Vini”, disse o goleiro Alisson. “Tenho certeza de que quem entrar vai estar à altura”. “Somos a equipe mais vencedora do mundo”, resumiu o lateral Wendell. “Esperamos contra o Uruguai uma equipe muito forte, mas eles também vão ver a força do futebol brasileiro”.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.