Dirigentes são detidos em operação contra manipulação de resultados na França

  • Por Agencia EFE
  • 18/11/2014 15h38

Paris, 18 nov (EFE).- Uma operação contra supostas manipulações de resultados na segunda divisão francesa causou uma série de detenções nesta terça-feira, embora a operação siga em curso e novas prisões não estejam descartadas.

Entre os detidos, estão os presidentes do Caen, que subiu para a elite na temporada atual, e do Nimes, além dos treinadores do Dijon e do próprio Caen. Todos eles são acusados do delito de “corrupção ativa e passiva”.

A Direção Central da Polícia Judicial concentra as suspeitas sobre os principais gerentes do Nimes, diante das suspeitas de combinação de resultados contra Caen e Dijon para evitar um potencial rebaixamento.

O escândalo saiu à tona por causa de outra operação judicial em andamento desde outubro, do chamado caso “Cercle Cadet”, uma casa de apostas parisiense que patrocina o clube da cidade de Nimes e sobre a qual pesam várias acusações de fraude e lavagem de capitais.

O presidente da Liga de Futebol Profissional da França (LFP), organismo responsável pelas duas primeiras divisões do país, Frédéric Thiriez, garantiu que haverá punições para os responsáveis e que estas poderiam chegar “até a expulsão e a exclusão” dos clubes dos campeonatos.

“Caso as suspeitas se confirmem, trata-se de um caso extremamente grave para o futebol francês, para a LFP como organizadora do campeonato e para mim mesmo, a título pessoal, porque sempre pus a ética e a integridade do esporte no centro do meu trabalho”, declarou Thieriez em uma breve entrevista coletiva.

O presidente da LFP acrescentou que o futebol profissional fez muito na luta contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e as apostas arranjadas, com a ajuda constante dos poderes públicos. “A simples suspeita de corrupção é um veneno mortal para o futebol”, resumiu.

A operação, ainda aberta, é divulgada no mesmo dia em que o presidente do Olympique de Marselha, Vicente Labrune, foi detido e acusado de desvio de fundos na contratação do atancante André-Pierre Gignac, em 2010. EFE

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