Em batalha de 4h34min, Wawrinka derruba Murray e vai à final de Roland Garros

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/06/2017 13h33 - Atualizado em 28/06/2017 23h54

Stan Wawrinka volta à final de Roland Garros após cair na semi em 2016

EFE Stan Wawrinka volta à final de Roland Garros após cair na semi em 2016

Em batalha de 4h34min, decidida em cinco sets, o suíço Stan Wawrinka confirmou o melhor momento em Roland Garros e derrubou o escocês Andy Murray, atual número 1 do mundo, na semifinal. Para chegar à decisão do Grand Slam de Paris, nesta sexta-feira, o 3º do ranking precisou superar o excesso de erros e as oscilações, fechando o jogo com parciais de 6/7 (6/8), 6/3, 5/7, 7/6 (7/3) e 6/1.

Wawrinka, assim, obteve sua revanche após ser eliminado pelo mesmo Murray na semifinal do ano passado. O suíço, que até então não havia perdido sets na competição, exibiu postura agressiva em quadra, apostando nas bolas vencedoras. Deu certo: foram 87 contra 36 do adversário. Mas a estratégia quase foi derrubada pelos erros não forçados. Ele anotou nada menos que 77, diante de 36 do líder do ranking.

Desta forma, os dois tenistas fizeram um duelo no qual alternaram jogadas geniais com lances de pouca inspiração, com erros bobos, ao longo de todo o jogo. A partida acabou sendo definida no fim do quarto set, quando Wawrinka levou a melhor e forçou a disputa do quinto. Abatido e cansado, Murray caiu de rendimento e quase levou um “pneu” na parcial decisiva. 

Com o resultado, o suíço de 32 anos vai disputar sua quarta final de Grand Slam na carreira. Nas três anteriores, foi campeão, uma delas justamente em Roland Garros, há dois anos. Também venceu no Aberto da Austrália e no US Open. Seu adversário na final de domingo sairá ainda nesta sexta do confronto entre o espanhol Rafael Nadal, maior favorito ao título, e o austríaco Dominic Thiem.

O JOGO – Mais embalado que Murray no campeonato, Wawrinka começou melhor e faturou a primeira quebra de saque do jogo. O escocês devolveu logo na sequência e o duelo seguiu sem quebras até o tie-break. Mesmo exibindo ligeira superioridade, com direito até a set point desperdiçado, o suíço oscilou no momento decisivo e perdeu sua primeira parcial no torneio. 

Se no set inicial Wawrinka cometeu 23 erros não forçados, no segundo ele passou a arriscar menos e logo se impôs no saque de Murray. Novamente ele abriu vantagem no começo e, desta vez, sustentou a vantagem até o fim da parcial. Superior em quadra, o suíço sequer teve o saque ameaçado no set. 

A terceira parcial foi o ponto mais baixo do jogo. Ambos os tenistas abusaram dos erros, alguns bobos, e tiveram dificuldades para fecharem seus games de saque. O suíço começou melhor ao fazer 3/0. Porém, o número 1 do mundo devolveu a quebra em seguida. Wawrinka quebrou de novo e Murray reagiu prontamente. O britânico, então, voltou a crescer na partida, se impôs no saque do rival e garantiu o set. 

Na sequência, Wawrinka decidiu reagir na partida, repetindo o jogo do segundo set: mais cauteloso e errando menos. Murray também elevou o nível e eles fizeram o melhor set da partida em termos técnicos. Algumas jogadas, incríveis, certamente entrarão na lista das melhores de todo o torneio. Sem quebras, eles decidiram o set no tie-break. E, desta vez, Wawrinka soube controlar o jogo nos pontos decisivos para empatar o duelo e forçar o quinto set. 

A parcial decisiva foi um atropelo do tenista da Suíça. Ele faturou duas quebras em sequência e abriu 5/0. No sexto game, Murray até esboçou reação ao devolver uma das quebras. Mas logo Wawrinka voltou a dominar no saque do britânico e fechou o jogo com uma nova quebra de serviço.

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