Em meio a investigações, presidente da Conmebol garante estar em paz

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2015 22h49
Reprodução Presidente da Conmebol

O presidente Conmebol, Juan Ángel Napout, garantiu nesta quarta-feira estar com a consciência tranquila e não ter problemas com a investigação em curso sobre uma suposta trama de corrupção na Fifa, que levou à detenção de sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

“Estou totalmente em paz. Não recebi absolutamente nada. Durante toda a minha vida, estive no lado de cumprir a lei, e nesse lado estou com a tranquilidade”, disse Napout em entrevista à emissora “Radio Monumental”.

O dirigente paraguaio disse também que prima pela transparência para dar acesso claro a todas as informações da confederação, tanto a clubes quanto a patrocinadores e à imprensa.

“Nenhum patrocinador terá confiança nas instituições se não for oferecida transparência”, destacou o presidente da Conmebol, que lembrou que nenhum patrocinador deixou a entidade desde que o escândalo estourou.

Nesse sentido, Napout assegurou também que o organismo pagará “até o último centavo” das dívidas contraídas. Ele citou como exemplo o início do pagamento de 12 bilhões de guaranis (R$ 7,2 milhões) ao Instituto de Previdência Social do Paraguai (IPS).

Além disso, o dirigente revelou que a confederação está em condições de cumprir com 100% de suas obrigações relacionadas à Copa América, encerrada no último domingo, assim como à parte final da Taça Libertadores.

Apesar disso, o mandatário admitiu que não pode garantir a realização a Copa Centenário, prevista para acontecer no ano que vem para comemorar o centenário da Libertadores. “Nossa intenção junto à Concacaf é realizar este torneio”, limitou-se a dizer.

Sobre queda da imunidade da sede da Conmebol, em Luque, na Grande Assunção, Napout se disse agradecido ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes, por ter derrubado o caráter de instituição diplomática que a entidade tinha. “A única imunidade que temos que ter é que os papéis estejam dentro da lei”, resumiu.

Entre os acusados na investigação, além de Marin, está também o paraguaio Nicolás Leoz, presidente de Conmebol durante 26 anos, até sua renúncia, em 2013. O dirigente está em prisão enquanto é definido se ele será extraditado para os Estados Unidos. 

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