Empresário que representa, entre outros atletas, o meia Centurión, do São Paulo, José Luis Galante conversou com a Rádio Jovem Pan, neste domingo (26), e falou sobre os rumores de que o jogador argentino não estaria satisfeito no Tricolor e também sobre alguns aspectos do futebol brasileiro.
Segundo Galante, as notícias que têm circulado na imprensa de que Centurión não estaria se relacionando bem com os companheiros não são verdadeiras e o empresário frisa que o meio-campista está contente no clube do Morumbi.
“Isso não condiz com a realidade. O jogador está muito contente no São Paulo, já sentiu a grandeza do clube. Obviamente, um jovem que muda para um país estrangeiro, de língua diferente, tem uma certa dificuldade de adaptação, é uma coisa natural. Entre os companheiros, ele é muito bem relacionado com todos, não tem nenhum problema. Ele disse que não tinha se encontrado em campo com os companheiros, o que também acho que é natural. Um jogador que chegou há 60 dias, jogou dez, 12 partidas, não todas como titular, entrando 15, 20 minutos, não está 100% adaptado com os companheiros”, disse.
José Luis Galante explicou como anda o mercado do futebol atualmente e ressaltou que, assim como o Brasil, a área também passa por uma fase complicada.
“O mercado em geral está passando por um momento de crise, o que é normal. O país vive um momento de crise e o futebol não é uma ilha, que vai se isolar e vai estar bem. Logicamente o futebol também passa por uma crise, tanto é que estamos vendo medidas para tentar conter a falta de pagamento e uma série de outras coisas que o governo está tentando ajudar. Com dificuldade, mas logicamente nossa moeda ainda vale mais do que o peso e, consequentemente, existe mais facilidade para trazer um jogador estrangeiro, daqui da América Latina. Neste momento, acredito que a relação entre Brasil e Argentina vai continuar avançando. Eles têm bons jogadores e bons jogadores sempre interessam aos clubes”, pontuou o empresário.
Ao ser perguntado sobre por que razão é raro jogadores brasileiros fazerem sucesso no futebol argentino do que o contrário, Galante explicou que quase tudo passa por uma questão de adaptação.
“Primeiro é por conta desse problema de adaptação. Parece que não, são duas horas de voo, Buenos Aires está do lado, Montevidéu está mais perto, mas a adaptação é diferente”, observou. “O problema monetário, já de uns cinco anos para cá, prejudica a ida de jogadores. Você tem uma moeda que vale quatro vezes mais do que a outra, é complicado acertar um valor para levar um jogador para lá. E, obviamente, o argentino, como o brasileiro, pensa que o futebol dele é o melhor do mundo. Então eles têm um pouco mais de rejeição em relação aos brasileiros jogarem lá. Mas é mais por esse problema de adaptação. E nós, brasileiros, somos mais ‘nhenhenhém’, desculpa a expressão”, finalizou.
Confira a entrevista completa no áudio acima!