“Estamos planejando Bolt na equipe”, diz associação jamaicana

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/07/2016 09h30
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EFE Usain Bolt fecha o revezamento e garante ouro para a Jamaica

A indefinição sobre a presença de Usain Bolt nos Jogos Olímpicos deve ter fim nesta quinta-feira. E a expectativa é positiva. Antes do anúncio da decisão, o presidente da Associação Olímpica da Jamaica, Michael Fennell, disse ao Estadão.com que o astro do atletismo continuava fazendo parte da perspectiva do país para a Olimpíada. “Estamos planejando que ele estará na equipe”, afirmou.

Segundo Fennell, membros da Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) se reuniram na terça-feira e iriam encontrá-lo quando tivessem chegado a um consenso sobre o assunto. A expectativa é de que o anúncio seja feito nesta quinta-feira. Na sexta-feira da semana passada, Bolt pediu dispensa da final dos 100 metros da seletiva jamaicana por problemas físicos e deixou o futuro nas mãos da federação.

O atleta sofreu uma lesão de grau um na coxa esquerda e fez a requisição de um atestado médico. O Comitê de Seleção da JAAA analisou as evidências apresentadas, considerando os critérios de convocação. O velocista está sendo julgado pelos 100 metros e também pelos 200m. Na prova mais rápida, a situação é favorável a ele.

Dono de seis medalhas olímpicas de ouro, Bolt tinha o segundo melhor tempo da temporada nos 100 metros quando a competição nacional teve início. Com o bom desempenho dos rivais Justin Gatlin e Trayvon Brommell na seletiva dos Estados Unidos, ele passou a ocupar o quarto lugar do ranking. Caso a JAAA considere o período classificatório para obtenção de índice olímpico – 1º de maio de 2015 a 11 de julho de 2016 -, o atleta figura na segunda posição.

Se o recurso for aceito, Jevaughn Minzie, que terminou em terceiro lugar nos 100 metros da seletiva jamaicana, terá de dar lugar ao astro. Os dois primeiros colocados – Yohan Blake e Nickel Ashmeade – têm vaga assegurada automaticamente, enquanto a última depende do aval da associação.

Nos 200 metros, o cenário é um pouco diferente porque Bolt ainda não havia competido nesta prova na atual temporada. A melhor opção dele é se a JAAA usar a janela de qualificação como parâmetro. Em agosto de 2015, registrou 19s55 no Mundial de Pequim. O prejudicado neste caso seria o jovem Julian Forte, de 22 anos.

Além de todas essas condições, Bolt também precisa provar que está completamente recuperado. O tira-teima será na etapa de Londres da Diamond League, no dia 22 de julho. Sem perder tempo, o velocista iniciou tratamento no mesmo dia do abandono da seletiva e voltou a procurar o médico Hans-Wilhelm Müller-Wohlfahrt, que o ajudou a superar o mesmo problema na coxa esquerda em maio.

O técnico Glen Mills reconhece que Bolt estava em melhor forma física nos Jogos de Londres, em 2012, e evita fazer projeções. “Ele precisa estar confirmado primeiro antes de falarmos sobre expectativas para a Olimpíada. A prioridade é ele melhorar”, disse.

OUTROS CASOS – Bolt não foi o único atleta a usar o recurso do atestado médico na busca pela vaga olímpica. Elaine Thompson (200m), Hasle Parchment (110m com barreiras) e Janieve Russell (400m com barreiras) também aguardam um posicionamento.

O presidente da Associação Olímpica da Jamaica diz que o pedido do principal velocista do país não interfere nos outros casos. “São decisões separadas e uma não tem influência sobre a outra. O Comitê de Seleção está seguindo as regras”, garante Fennell.

O prazo final para a inscrição dos atletas nos Jogos Olímpicos é dia 18 de julho, mas a Associação Jamaicana de Atletismo tem a opção de relacionar três nomes e um reserva na lista preliminar. Esse pode ser o caminho traçado para garantir que o astro tenha a chance de buscar o tricampeonato olímpico nos 100m e nos 200m.

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