Após fracassos sul-americanos, Fluminense encara o time ‘mais copeiro’ do continente em busca de sua primeira Libertadores

Quinze anos após amargar vice no Maracanã, Tricolor das Laranjeiras desafia o Boca Juniors no mesmo estádio, neste sábado, a fim de acabar com o fardo de nunca ter vencido uma competição organizada pela Conmebol

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2023 06h00
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CELSO PUPO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Estádio do Maracanã se prepara para a final Li da Copa Libertadores da América com emblemas das duas equipe Fluminense tenta conquistar o primeiro título da Libertadores da América diante do Boca Juniors, no Maracanã

Fundado em 1902, o Fluminense é um dos clubes mais tradicionais não somente do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil. Ao longo da história, o Tricolor cedeu diversos jogadores para a seleção brasileira, a única pentacampeã mundial, como Félix, Didi, Rivellino, Branco, entre outros. A nível estadual, a equipe das Laranjeiras é a segunda maior vencedora do Carioca, com 33 títulos, quatro a menos em relação ao Flamengo. Já nacionalmente, a agremiação ostenta quatro taças do Campeonato Brasileiro (1970, 1984, 2010 e 2012), além de uma da Copa do Brasil (2007). Apesar deste currículo vitorioso, o Flu é o único dos 12 grandes clubes do país a não ter conquistado uma competição organizada pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Este fardo, porém, pode acabar a partir das 17h (de Brasília) deste sábado, 4, no duelo contra o Boca Juniors, no Maracanã, pela decisão da Copa Libertadores da América 2023.

Na própria Libertadores da América, o Fluminense está na nona participação e já repetiu sua melhor campanha. Em 2008, o Tricolor chegou à decisão após passar por um grupo com LDU (Equador), Arsenal de Sarandí (Argentina) e Libertad (Paraguai). No mata-mata, a equipe carioca despachou Atlético de Medellín (Colômbia), São Paulo e o Boca Juniors. Na decisão, porém, o time das Laranjeiras amargou o resultado mais frustrante de sua história. Após ser derrotado por 4 a 2 para a LDU, em Quito, o Flu deu o troco e ganhou por 3 a 1 no Maracanã. Nas penalidades, os protagonistas Conca, Thiago Neves e Washington desperdiçaram suas cobranças e viram os equatorianos promoverem um “Maracanazo”. No ano seguinte, o Fluminense amargou outro fracasso em torneio da Conmebol. Desta vez na Sul-Americana, o Tricolor alcançou a final pela primeira e única vez, mas viu a LDU ser sua algoz em outra final. Na ida, os tricolores levaram incríveis 5 a 1. Assim, a vitória por 3 a 0, também no Maraca, não serviu para reverter a situação. Já na Copa Conmebol, o clube carioca não conseguiu passar da primeira fase nas edições de 1992, 1993 e 1996.

Para mudar este cenário e atingir a “glória eterna” pela primeira vez, justamente contra o time “mais copeiro do continente” —com 18 canecos, o Boca é a agremiação sul-americana que mais venceu fora de suas fronteiras —, o Fluminense conta com a ascensão do técnico Fernando Diniz, que chegou à seleção brasileira neste ano. No elenco, o treinador conta com jogadores experientes para este momento decisivo, como Fábio, Felipe Melo, Marcelo, Paulo Henrique Ganso, Germán Cano, entre outros. A equipe também é qualificada pelos “Meninos de Xerém”, tendo o volante André como principal nome desta safra — o meio-campista chegou a receber uma oferta tentadora do Liverpool, mas ficou para tentar ganhar a Libertadores. Além desses fatores, os cariocas também prometem ser empurrados pelos tricolores no Maracanã. Apesar de o Boca Juniors esperar uma invasão de argentinos no Rio de Janeiro, a expectativa é que a torcida do Flu seja maioria.

Fluminense x Boca Juniors – Final da Libertadores da América 2023

Data: 04/11/2023
Horário: 17h (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Provável escalação do Fluminese: Fábio, Samuel Xavier, Marlon (Nino), Felipe Melo e Marcelo; André, Aleksander (Martinelli) e Ganso; John Arias, Keno e Germán Cano.
Provável escalação do Boca Juniors: Sergio Romero; Advíncula, Figal, Valentini e Fabra; Medina, Pol Fernández, Equi Fernández e Barco; Merentiel e Cavani.
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia).
Assistentes: Alexander Guzmán (Colômbia) e Dionísio Ruiz (Colômbia).
VAR: Juan Lara (Chile).

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