Banido do futebol, Michel Platini tem recurso rejeitado pela Suprema Corte da Suíça

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/07/2017 15h10 - Atualizado em 06/07/2017 15h11
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EFE Michel Platini é suspeito de ter recebido dinheiro de Joseph Blatter para não participar das eleições para presidente da FIFA em 2011

A Suprema Corte da Suíça rejeitou nesta quinta-feira (6) um recurso que havia sido apresentado pelo ex-presidente da Uefa, Michel Platini, banido da gestão do futebol por quatro anos. O cartola e ex-jogador francês foi punido pela Corte Arbitral dos Esportes por irregularidades financeiras ligadas a um salário pago pela Fifa.

Num gesto raro, Platini optou por retirar o caso do âmbito esportivo e levou o assunto até a instância mais alta do Judiciário suíço, na esperança de reverter sua punição. Mas, para a corte, a sentença “não se manifestou de forma excessiva”.

Argumentando que havia sido alvo de uma perseguição política, Platini ainda buscava ser inocentando, mesmo depois que a decisão do CAS o levou a abandonar a corrida para presidir a Fifa. A decisão ainda o impedirá de concorrer às próximas eleições da Fifa, marcadas para 2019.

Em tese, o francês poderia disputar o pleito apenas em 2023. Mas pessoas próximas ao ex-jogador confessaram ao Estado que ele deve abandonar a carreira de cartola. O cálculo é de que, mesmo em sete anos, poucos ousarão votar em um candidato com um passado de “ficha suja”.

No ano passado, a Fifa puniu Platini com oito anos de suspensão depois das revelações de que ele recebeu cerca de US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,6 milhões) em pagamentos por parte de Joseph Blatter, nove anos depois dos supostos serviços que prestou para a Fifa.

Além de ter escondido da direção da entidade, Platini foi acusado de ter colaborado com uma falsificação das contas da Fifa ao não registrar esse pagamento que deveria ser realizado. Isso por conta do fato de ele não apenas ter prestado o serviço, mas também ocupar o cargo de vice-presidente da entidade.

A suspeita é de que os US$ 2 milhões foram dados por Blatter para Platini em 2011 para evitar que o francês entrasse na corrida presidencial daquele ano e fosse uma ameaça para o suíço.

Originalmente, a punição sobre o francês havia sido de uma suspensão de oito anos do futebol. Joseph Blatter também foi punido e passou até mesmo a ser investigado pelo Ministério Público Suíço por gestão desleal.

Mas Platini, assim como Joseph Blatter, recorreu da decisão nos próprios órgãos da Fifa. A punição foi mantida, mas, por causa de sua contribuição ao futebol mundial, a suspensão foi reduzida para seis anos.

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