Capitã e artilheira, Agustina lidera o Palmeiras feminino em busca de título inédito: ‘Hoje somos respeitadas’
Aos 28 anos, zagueira disputa sua primeira final com a camisa alviverde e vê time forte para conseguir a virada neste domingo, na Neo Química Arena
O título do Campeonato Brasileiro feminino será decidido entre Corinthians e Palmeiras neste domingo, 26, às 21h (horário de Brasília), na Neo Química Arena. A vantagem está com as alvinegras, que venceram por 1 a 0 na ida. Porém, nada está definido. Com um ataque forte, o Palmeiras ainda segue vivo na disputa e, segundo a capitã Agustina, alguns ajustes no posicionamento podem fazer a diferença em campo. “Fizemos um grande jogo [no Allianz]. Claro que detalhes decidem essas partidas, mas precisamos manter nosso estilo de jogo, continuar fazendo o que fizemos durante o ano todo e estarmos mais concentradas em alguns lances”, disse a palmeirense em entrevista à Jovem Pan. Além de se ser segura na defesa, Agustina também contribui no ataque. Desde que chegou ao Verdão, no ano passado, fez 43 jogos e seis gols. É, inclusive, a maior artilheira do time no Allianz Parque, com cinco gols marcados.
Líder em campo, a argentina acredita que o Palmeiras tem força suficiente para reverter o placar do jogo de ida, lembrando que, nas quartas de final, o time perdeu a primeira partida contra o Grêmio por 2 a 1 e conseguiu vencer a volta por 4 a 1 e se classificar. “Isso mostra a força que temos como grupo, no psicológico e no futebol. É um conjunto dessas três coisas que ajuda para que sejamos um time muito forte”, destacou Agustina, que disse estar realizada por disputar uma final do torneio. “Estou muito feliz pelo momento que o time está vivendo, por estar numa final. Muitas pessoas gostariam de estar nessa situação, então eu estou desfrutando, vivendo a cada dia, curtindo tudo o que está acontecendo. Estou vivendo realmente um ano muito feliz e desejo que termine desse jeito.”
Futuro do Palmeiras e evolução do futebol feminino no Brasil
Aos 28 anos, Agustina tem uma carreira extensa. Revelada pelo UAI Urquiza, da Argentina, em 2011, a zagueira também jogou pela Ferroviária (2016), Osasco Audax (2017-2018) e teve breve passagem pelo Corinthians (2017), além de ter atuado no Fylde Ladies (2016-2017), da Inglaterra, e no Madrid Club (2018-2019), da Espanha. Conhecedora do futebol feminino no país, ela acredita que muita coisa já melhorou para as mulheres no esporte, mas ainda há trabalho a se fazer. “Vejo que o futebol está crescendo muito no Brasil. A cada ano que passa a estrutura e as condições vão melhorando. Mas talvez seja o momento de cobrar que todos os times tenham essa estrutura, que todas as jogadoras tenham a mesma possibilidade de moradia, de salário. Acho que, com o passar do tempo, todos os clubes vão conseguir ter um equilibro com relação a isso. O Brasil tem tudo para se tornar uma grande potência”, afirmou.
Participando de um projeto de peso como o do Palmeiras, que investiu em 14 contratações somente nesta temporada de 2021, Agustina prevê um futuro dourado para a equipe da Barra Funda. “O Palmeiras é um time muito jovem, tem meninas que, com o tempo, vão continuar amadurecendo. É um time que tem tudo para continuar crescendo. É uma equipe forte, que os outros clubes respeitam. A ideia é manter esse caminho. O projeto do Palmeiras que é colocar o futebol feminino no lugar mais alto”, ressaltou.
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