CBF crê em volta de torcedores aos estádios apenas depois de vacinação em massa

O chefe da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Jorge Pagura, afirmou que não crê no retorno do público no país até setembro ou outubro

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2021 14h06 - Atualizado em 17/03/2021 17h20
MARCOS VIDAL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Torcida do Flamengo comemora título antes da pandemia

O chefe da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Jorge Pagura, não crê na volta do público aos estádios brasileiros antes de uma vacinação em massa contra a Covid-19 no país até setembro ou outubro. “Eu acho que temos que vacinar uma maior parte da população pelo menos até setembro ou outubro. O governo está garantindo um número grande [de vacinas]. Hoje, não vai se falar em futebol antes que a curva [de casos da Covid-19] caia de uma forma bastante grande. Isso tem que cair drasticamente para pensar a volta do público ao estádio. Por enquanto, é tentar garantir que a prática do futebol continue desde que possível e depois pensar no público. Isso ficou um pouco mais para frente”, afirmou, em entrevista à RedeTV.

No entendimento de Pagura, a possibilidade dos torcedores retornarem aos estádios foi adiada devido ao atraso da vacinação no país. “Não dá para colocar o público no estádio, mas esperamos que haja inundação de vacinas no país. Têm três coisas que podem melhorar: máscara, álcool em gel e a vacinação. A gente ficou um pouco atrás [na vacinação]. País com 200 milhões de habitantes devia ter ritmo de vacinação muito maior”, comentou o chefe da comissão médica.

Ainda assim, questionado sobre a continuidade do futebol no Brasil em meio ao pior momento da pandemia, o representante da CBF acredita que o protocolo de saúde estabelecido no futebol brasileiro é eficaz. “Uma coisa é mostrar que temos segurança. Se tem alguma atividade dentro do país segura é um jogo de futebol. Somos de uma modernidade total, de uma proteção enorme. Tenho certeza absoluta que o meu setor está altamente protegido. Fazer campeonato ou não é respeito às decisões sanitárias locais. Estamos mostrando que essa atividade é segura e disponibilizando todos os dados às autoridades. Mas há um respeito absoluto nosso pelas decisões dos comitês locais e de crise no que diz respeito à parte sanitária”, afirmou.

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