Entenda por que Daniel Alves não vai recorrer de indiciamento por suposta agressão sexual 

Caso será encaminhado nos próximos dias ao Tribunal de Barcelona para que estabeleça data e sala para o julgamento

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2023 10h07
  • BlueSky
MARCELLO ZAMBRANA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Daniel Alves está preso preventivamente desde 20 de janeiro Daniel Alves está preso na Espanha desde janeiro deste ano

Daniel Alves afirmou nesta quarta-feira, 2, perante a juíza responsável por seu caso, que não concorda com seu indiciamento pela suposta agressão sexual contra uma jovem em uma discoteca em Barcelona. Ainda assim, o lateral disse que não pretende recorrer porque quer “agilizar” o processo e chegar a julgamento o mais rápido possível. O lateral brasileiro compareceu hoje por cerca de 15 minutos perante a titular do tribunal número 15 de Barcelona, ​​​​que o informou de seu indiciamento pelo crime de agressão sexual com acesso carnal e lhe deu a oportunidade de falar pela última vez, antes de enviar o caso a julgamento. Como nenhuma das partes pretende recorrer, o caso será encaminhado nos próximos dias ao Tribunal de Barcelona para que estabeleça data e sala para o julgamento. Em nota enviada à imprensa, o escritório de advocacia Cristóbal Martell, responsável pela defesa de Daniel Alves, especificou que o jogador expressou seu “desacordo” com o relato dos fatos da acusação, porque “não condiz com a realidade do que aconteceu”.

Recentemente, Daniel Alves concedeu sua primeira entrevista desde que entrou na prisão e deu sua última versão sobre o caso. Segundo o ala, a relação com a mulher foi consensual. Apesar de negar a agressão, o jogador afirmou que “perdoa” a vítima. “Eu a perdoo. Ainda não sei por que ela fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpas à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida”, declarou, em conversa com o jornal “La Vanguardia”. “Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, eu não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer”, continuou o atleta de 40 anos.

Relembre o caso

Daniel Alves é acusado de ter abusado e violentado uma jovem de 23 anos no dia 30 de dezembro do ano passado na boate Sutton, na Catalunha. No mês seguinte, a mãe de Joana Sanz, sua esposa, morreu vítima de um câncer de útero. O jogador brasileiro, inclusive, foi preso na Espanha após comparecer ao velório de sua sogra, no dia 20 de janeiro. Além do depoimento, a mulher que acusa o atleta conta com vídeos de câmeras de segurança do local e exames de corpo de delito – o sêmen do brasileiro foi encontrado no local. O ex-ala de Barcelona, Sevilla, PSG, Juventus e São Paulo mudou de versões várias vezes sobre o ocorrido. As contradições apresentadas por Daniel Alves foram decisivas para a ordem de prisão preventiva. Posteriormente, o ala comentou que alterou seu relato para preservar seu casamento com Joana Sainz. Após a repercussão do caso, o atleta viu a Justiça da Espanha recusar três pedidos de liberdade apresentados por sua defesa.

 

*Com informações da Agência EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.