Após ofensas a cartola bilionário, Bayern e Hoffenheim protestam e só tocam a bola por quase 15min; assista

  • Por Jovem Pan
  • 29/02/2020 15h20 - Atualizado em 29/02/2020 15h54
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Armando Babani/EFE Torcedores do Bayern hostilizaram o dono do Hoffenheim e provocaram a paralisação do jogo válido pela 24ª rodada do Campeonato Alemão

A vitória do Bayern de Munique sobre o Hoffenheim por 6 a 0, neste sábado (29), fora de casa, pela 24ª rodada do Campeonato Alemão, foi marcada por uma cena controversa. Nos 13 minutos finais da partida, simplesmente não houve disputa. Os jogadores protestaram e apenas tocaram a bola de lado.

O ato foi uma resposta dos atletas dos dois times às ofensas disparadas pela torcida do Bayern ao dono do Hoffenheim, Dietmar Hopp.

Com uma fortuna estimada em mais de 12 bilhões de euros, Hopp é um empresário alemão e cofundador da empresa de software SAP AG. Desde 1998, ele investe bastante dinheiro no Hoffenheim, que deixou a quinta divisão nacional para brigar por posições na parte de cima da tabela da Bundesliga. Por isso, tornou-se alvo de torcedores radicais de diversas equipes que o consideram um símbolo da comercialização do futebol.

Os torcedores do Bayern estenderam faixas contra o empresário e o xingaram de “filho da p…” até os 32min do segundo tempo, quando o jogo foi paralisado. O técnico do Bayern, Hans-Dieter Flick, chegou a deixar o banco de reservas e atravessar o campo para tentar acalmar os ânimos, mas não obteve sucesso.

Os jogadores, por sua vez, foram aos vestiários, onde ficaram por cerca de cinco minutos. Depois, voltaram a campo para encerrar o jogo, mas, desde então, não houve qualquer tipo disputa: até os 45min, todos os atletas ficaram trocando passes de forma amigável, em forma de protesto.

Após o apito final, jogadores e membros da comissão técnica das duas equipes se reuniram dentro de campo para aplaudir Hopp e a torcida do Hoffenheim.

Os jogadores do Bayern chegaram a se dirigir à torcida para pedir o fim das ofensas

Clube mais odiado da Alemanha?

As ofensas a clubes “patrocinados” por empresas bilionárias não são uma novidade na Alemanha. Em 2017, torcedores do Augsburg chegaram a exibir um bandeirão contra o Red Bull Leipzig, clube que pertence à marca de bebidas energéticas Red Bull. A imagem mostrava o símbolo do time dentro de um placa de “proibido”.

Os próprios torcedores do Hoffenheim já brincaram com a situação em 2016, ano em que o Leipzig estreou na primeira divisão da Alemanha. Na ocasião, uma faixa com a frase “queremos nosso trono de volta: o clube mais odiado da Alemanha” foi estendida nas arquibancadas da Rhein-Neckar-Arena.

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