Caso Robson: entenda a polêmica prisão do motorista do jogador Fernando na Rússia
Controverso, o episódio tem mobilizado as redes sociais e fez com que o atleta atacasse a Globo e tentasse acionar até o presidente Jair Bolsonaro
O volante Fernando, que teve passagens por clubes como Grêmio e Shakhtar Donetsk e hoje está no Beijing Guoan, manifestou-se, por meio das redes sociais, sobre o caso de Robson Oliveira, seu ex-motorista que está preso na Rússia e tem sido alvo de campanha pedindo sua liberdade. O meio-campista afirmou que seu posicionamento no caso tem sido distorcido e garante que tem agido para ajudar o ex-funcionário na esfera jurídica. Além disso, pediu ajuda do governo federal. Quando Fernando atuava pelo Spartak Moscou, Robson foi preso ao desembarcar na Rússia portando um remédio proibido no país, o Mytedom 10mg (cloridrato de metadona). O motorista levava o medicamento para utilização do sogro do meio-campista. Ele está detido há cerca de um ano e seis meses, será julgado por tentativa de tráfico e pode pegar de 15 a 25 anos de prisão.
Fernando questionou o conteúdo das matérias sobre o caso de Robson, que foi revelado em reportagens da Rede Globo. “Por conta das inúmeras mentiras e boatos que estão espalhando sobre a minha conduta em relação ao caso do Robson, estou aqui na tentativa de ser verdadeiramente ouvido pela primeira vez. Preferi não falar por algum tempo publicamente porque em todas as vezes que me coloquei à disposição, sem exceção, tive as informações que forneci manipuladas, omitidas e distorcidas por interesses que não eram o de mostrar ao público o que houve de forma imparcial”, escreveu.
Além do texto, Fernando também publicou o que seriam comprovantes de dinheiro enviado a Robson para a compra de itens a serem utilizados na prisão, além do pagamento do advogado de defesa do seu ex-funcionário. “É mentira quando dizem que eu não estou fazendo nada para ajudar o Robson. Desde o começo do processo eu arco com os custos do advogado dele na Rússia e ainda pago para que o advogado brasileiro possa viajar ao país, mesmo não podendo exercer sua função na esfera internacional. Além disso, mandamos dinheiro para o Robson na prisão para que ele compre os itens necessários no seu dia a dia”, disse.
No texto, Fernando se uniu ao mutirão, pela redes sociais, que pede a libertação do seu antigo motorista e o apoio do governo federal no caso. Nesta semana, a campanha, com a utilização da hashtag #JusticaporRobson, tem mobilizado diversas personalidades, incluindo o atacante Richarlison, do Everton. O meio-campista, inclusive, marcou o presidente Jair Bolsonaro em sua publicação.
“Como disse anteriormente, estou fazendo o que está ao meu alcance para ajudar o Robson a provar sua inocência, mas a questão é extremamente complexa e precisa de um envolvimento, de uma força maior, no caso a do governo brasileiro. Tentei entrar em contato diretamente com deputados, senadores, mas não obtive êxito. Por isso, convido vocês a realizarmos também um movimento para entrar nas redes sociais do presidente Bolsonaro e de outras autoridades brasileiras pedindo para que elas intervenham efetivamente no caso do Robson”, acrescentou. “Eu também sou parte do ‘Justiça pelo Róbson’. Eu também quero que ele saia de lá o mais rápido possível. Vamos canalizar nossas energias para fazer essa questão ser tratada pelo congresso, o que é a única coisa que realmente pode ajudar a questão a evoluir de forma positiva”, escreveu Fernando.
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