Pirataria em transmissões de jogos preocupa organização do Campeonato Espanhol
Em evento esportivo, executivo da LaLiga afirma que organização aposta em parcerias para tentar superar sites ilegais
A LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, mostrou preocupação com a exibição dos jogos em canais piratas. Chefe da área digital do torneio, Alfredo Bermejo defendeu nesta quinta-feira, durante o fórum virtual “Soccerex Connected”, a importância da criação de acordos com canais de televisão para combater a prática.
“Para nós, a abordagem é ter uma posição totalmente contra a pirataria, não consenti-la em nenhum caso, mas ao mesmo tempo achamos que é bom trabalhar com todos os atores da indústria e tentar criar modelos de negócios sustentáveis para todos”, afirmou no discurso apresentado por videoconferência.
O executivo considera que um dos melhores exemplos de uma luta bem sucedida é a indústria musical. “Há 10 ou 15 anos, a pirataria era um grande problema, mas eles conceberam um ecossistema para defender direitos através de plataformas digitais”. Ele afirma que a liga vê os jogos como o conteúdo mais valioso, mas usa outras formas para o torneio seja mais divulgado e conhecido.
“Compartilhamos conteúdos como resumos, para mostrar o que é LaLiga e como vê-la. Trabalhamos há vários anos com os canais de TV e com os jogadores, que são nossos prescritores. Na Índia, fizemos acordos com o Facebook para oferecer os jogos, mas também com lendas como (Íker) Casillas e (Andrés) Iniesta para distribuí-los em seus canais”, relatou.
Em uma mesa redonda, que tinha ainda os representantes do canal BeIn Sports e a Federação Antipirataria, o executivo foi perguntado sobre como resolver, do ponto de vista dos direitos audiovisuais, situações como a de um atleta que deseja compartilhar um gol que marcou nas redes sociais. Barnejo esclareceu que lances como esses pertencem ao pacote de direitos audiovisuais vendido aos operadores de televisão, mas,, ao mesmo tempo, o compartilhamento pelos atletas é benéfico para a imagem da competição.
“O que acontecia antes é que eles compartilhavam os gols a partir de fontes ilegais, então trabalhamos com eles porque são os grandes prescritores, para que compartilhem o conteúdo certo no momento certo, sem prejudicar os direitos de nossos parceiros”, afirmou.
* Com EFE
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