Primeira mulher secretária-geral da Fifa anuncia saída: ‘Orgulhosa e realizada’
Senegalesa Fatma Samoura ocupava o cargo há sete anos e deve ficar na entidade até o fim do ano
Orgulhosa e com sentimento de dever cumprido, a senegalesa Fatma Samoura, primeira mulher a assumir o cargo de secretária-geral da Fifa, apresentou nesta quarta-feira, 14, sua renúncia do cargo. A número 2 da entidade máxima do futebol mundial trabalhará somente até o fim do ano antes de se dedicar à família. Após sete anos no cargo, Fatma Samoura agradeceu a oportunidade de trabalhar na Fifa e não escondeu sua alegria por tudo o que pôde oferecer para buscar um futebol mais justo e digno. Ela ainda acompanhará a Copa do Mundo Feminina em julho e agosto na Austrália e Nova Zelândia, como um dos últimos atos de seu mandato. “Foi a melhor decisão da minha vida ingressar na Fifa. Estou muito orgulhosa de ter liderado uma equipe tão diversificada. Minha primeira palavra de agradecimento vai para Gianni Infantino por me dar este emprego dos sonhos. Ele demonstrou confiança, compreensão e um nível incrível de apoio”, agradeceu. “É um prazer trabalhar ao lado de alguém que transformou a Fifa. A Fifa hoje é uma organização melhor governada, mais aberta, mais confiável e mais transparente. Vou deixá-la com um alto sentimento de orgulho e realização”. Fatma queria adiar um pouco mais sua decisão. E revelou que a faria em uma reunião com membros do Conselho da Fifa na próxima semana. Mas a notícia acabou vazando e ela teve de admitir que está de saída da entidade.
“Por enquanto, estou totalmente focada na preparação e entrega da próxima Copa do Mundo Feminina na Austrália e Nova Zelândia. Estou ansiosa para passar os próximos seis meses dando vida aos 11 objetivos que o presidente Infantino anunciou no Congresso da Fifa em Kigali, em março. A partir do próximo ano, gostaria de passar mais tempo com minha família. Sou apaixonada por futebol desde os oito anos e me sinto honrada por ter feito essa jornada”, afirmou. Infantino agradeceu a enorme colaboração de Fatma com a entidade “Foi um privilégio e uma honra trabalhar com uma pioneira no esporte. Desde que nos conhecemos, eu sabia que ela seria excelente para a Fifa. Sua paixão e entusiasmo para impulsionar a mudança foram inspiradores”, reconheceu. “Fatma foi a primeira mulher, e a primeira africana, a ser nomeada para um cargo tão importante na Fifa. Respeitamos a decisão e gostaria de agradecê-la por tamanha dedicação e comprometimento com o futebol. A Fatma continuará a contribuir para o desenvolvimento do jogo e dos seus valores sociais juntamente conosco”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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