Gilmar Mendes cita organizada do Atlético-MG em julgamento do 8 de Janeiro; entenda

Ministro mencionou a Galoucura enquanto confrontava Anderson Torres sobre a incapacidade da PRF em desmobilizar os bloqueios organizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2023 17h42 - Atualizado em 14/09/2023 17h48
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Carlos Moura/SCO/STF Gilmar Mendes Gilmar Mendes ironizou Anderson Torres em conversa sobre a PFR

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), citou a Galoucura, principal organizada do Atlético-MG, durante o julgamento do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, 14. Ao longo da sessão, o magistrado contou que, no final do ano passado, mencionou a uniformizada do clube mineiro enquanto confrontava o então ministro da Justiça, Anderson Torres, sobre a incapacidade da Policia Rodoviária Federal (PRF) em desmobilizar os bloqueios nas estradas organizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). “Aquilo era uma greve, era um lockout, empresários colocando carros na pista para gerar desabastecimento. Eu cheguei a falar com o ministro da Justiça (Anderson Torres) naquele momento, ele disse: ‘nós não temos forças para enfrentar, precisa-se da GLO’. GLO era exatamente a senha da insegurança. Na conversa com ele, fiz uma abordagem jocosa: ‘poxa, a Galoucura, a torcida do Galo, conseguiu abrir a pista porque estava sendo impedida de ir ao jogo, mas a nossa Polícia Rodoviária Federal não conseguia”, declarou.

O momento recordado pelo ministro do STF aconteceu em 1º de novembro de 2022, na rodovia Fernão Dias (BR-381). Na ocasião, os torcedores do Atlético-MG desbloquearam a via, em Minas Gerais, para seguir viagem à capital paulista, onde o time enfrentaria o São Paulo no Morumbi, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em vídeos divulgados nas redes sociais, o presidente da uniformizada, Josias Júnior, mostrou os torcedores atleticanos rompendo um bloqueio à força. “É a tropa do fura-bloqueio. Todo bloqueio que tiver nós vamos tirar”. Na ocasião, os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) bloquearam diversas estradas espalhadas pelo país e contestaram o resultado da eleição presidencial. Com 50,8% dos votos, o petista Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela terceira vez presidente do país.

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