Editorial: o Grupo Jovem Pan lamenta a insensibilidade e o autoritarismo da Conmebol

Ricardo Moreira/Estadão Conteúdo O Palmeiras venceu o Godoy Cruz por 4 a 0, na última terça-feira, pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores

É importante esclarecer àqueles que nos acompanham no YouTube, pelo canal Jovem Pan Sports, por que, na última terça-feira (30), em determinado momento da transmissão do jogo entre Palmeiras e Godoy Cruz, no Allianz Parque, pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, o narrador Nilson Cesar e o comentarista Mauro Beting “sumiram” da tela. Em seu lugar, tivemos de exibir apenas uma imagem estática com os escudos dos dois clubes – o áudio da transmissão, felizmente, foi mantido.

Trata-se de uma lamentável determinação da Conmebol.

Não estávamos mostrando o campo de jogo. A Jovem Pan exibia, apenas, a emoção da narração de um jogo de futebol. A expressão nos comentários; a explosão do gol; a entonação do lance a lance; o olhar atento dos narradores; a maneira de colocar a voz; a transformação da face a cada momento inesperado da partida; enfim, mais uma atração para aqueles que, como nós, são apaixonados por futebol.

E a Conmebol, insensível, impediu tal ação.

É importante explicar que a Jovem Pan faz esse tipo de transmissão, com as câmeras “de costas” para o gramado, registrando apenas as reações de narradores e comentaristas, há muito tempo. E faz porque tem condições técnicas e operacionais para tal. Trata-se de uma nova maneira de se transmitir futebol. É a narração com imagem, sem ferir direitos. São os nossos profissionais apresentados na tela e revelando os bastidores das sempre fascinantes transmissões esportivas.

No momento do veto da Conmebol, 40 mil pessoas não sabiam o que tinha acontecido, e a elas e a todos os demais esclarecemos que foi a entidade a responsável por impedir que a narração dos gols do Palmeiras fosse assistida. O grito de gol intenso, o brilho nos olhos do Mauro Beting… Nada disso foi visto.

A Conmebol, que anunciou “modernidade” em sua nova gestão, mostrou que está mesmo parada no tempo e ainda não percebeu que, hoje, o rádio exibe os seus estúdios, mostra as ruas e revela, com imagem, o talento dos seus profissionais.

Lamentável.