Pai de Guerrero critica postura de médicos da seleção peruana
José Guerrero, pai do atacante Paolo Guerrero, do Flamengo, acusou os médicos da seleção peruana de omissão, no caso da suspeita de doping sobre o jogador, negou uso de cocaína, ou qualquer droga social e falou na possibilidade de complô.
“Acho que o departamento médico deve assumir sua responsabilidade. É preciso ser transparente. Eles foram que receitaram os remédios, para que resistisse a um processo gripal. Agora lavam as mãos”, disse, em entrevista à Rádio Nacional, do Peru.
A Fifa suspendeu o atacante ontem por 30 dias, após “resultado analítico adverso” em exame antidoping. O teste foi realizado depois do empate da seleção peruana com a Argentina em 0 a 0, pelas Eliminatórias sul-americanas. Neste sábado (4), o médico Julio Segura, negou que remédios contra a gripe tenham feito Guerrero ficar sob suspeita.
“Ele teve um processo gripal, inclusive, teve uma inflamação na traqueia, mas pudemos recuperá-lo graças ao esforço que teve. Recebeu medicação, com antibióticos e analgésicos. Remédios que não têm nenhum problema com o doping”, afirmou o especialista, também à Rádio Nacional.
José apontou que o corpo médico precisa apresentar dados sobre o tratamento do filho, colocando dúvidas sobre injeção que o jogador recebeu para combater a mucosidade nas vias aéreas, que dificultava a participação em treinos antes do jogo com a Argentina.
“Suponho, mas não afirmou, que aplicaram efedrina. Essa substância está permitida, mas não em uma quantidade maior que dez microgramas. O médico deve ter seu relatório para dizer cada coisa que ministraram”, apontou o pai de Guerrero.
José garantiu que o filho não tomou qualquer remédio sem orientação e descartou, taxativamente, que o metabólito de cocaína, encontrado no exame antidoping, seja produto de alguma droga.
“Ele me disse que isso é uma mentira. Ele não conhece nem cocaína, nem maconha, nem nenhuma droga social”, garantiu.
Sem apontar para possíveis responsáveis, o pai do atacante do Flamengo insinuou sobre um a existência de um complô para prejudicar a seleção do país.
“Pode ser que haja alguém que não quer que o Peru vá ao Mundial. Tudo é possível”, concluiu.
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