Palmeiras defende Abel Ferreira após jornalista dizer que técnico é ‘desrespeitoso até com mulheres’

Técnico esbravejou com a arbitragem, foi expulso e chutou um dos microfones ambientes do Estádio Mané Garrincha

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2023 21h18
ALE VIANNA/W9 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Abel Ferreira durante partida entre Palmeiras e Atlético-MG, pela Libertadores da América Técnico Abel Ferreira recebe ataques de jornalistas após a final da Supercopa do Brasil

O Palmeiras repudiou nesta segunda-feira, 30, as críticas que o técnico Abel Ferreira sofreu de jornalistas após conquistar o título da Supercopa do Brasil no último sábado, 28. O comportamento do treinador português foi desaprovado pelos profissionais de comunicação durante a final contra o Flamengo. Além de esbravejar com a arbitragem, Abel foi expulso e chutou um dos microfones ambientes do Estádio Mané Garrincha, palco do duelo. “A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia, mais uma vez, os ataques irresponsáveis direcionados ao técnico Abel Ferreira por alguns jornalistas descompromissados com a isenção e o respeito. É inaceitável que um treinador de insuspeita integridade seja associado a qualquer forma de violência, quanto mais a uma pessoa condenada por homicídio. O clube e o técnico tomarão as medidas judiciais cabíveis”, informou o clube por meio de comunicado no Twitter. Uma das críticas vieram do comentarista André Plihal, durante participação no programa F360, da ESPN, que condenou as atitudes do português. “Se a gente critica o Abel pelo comportamento, não estamos desmerecendo em nada o Abel treinador. Muito pelo contrário. O fato dele ser ultracompetente e ultravencedor não o dá o direito de ser mal-educado na beira do campo e desrespeitoso até com mulheres ali trabalhando. Não pode ser desrespeitoso com ninguém. Mas soa até mais grave com mulheres. Ou dá uma bicuda daquelas no microfone. Não acho isso normal” disse Plihal. Outra dura crítica veio da jornalista Milly Lacombe, no UOL Esporte. “Abel Ferreira é um dos maiores treinadores do mundo, mas precisa se colocar em seu devido lugar. Uma mulher se comportando dessa forma seria massacrada. Um homem negro talvez também. Futebol tem que ter responsabilidade social. Em dias de jogo, violência doméstica cresce no Brasil. Mulheres apanham e morrem mais. Não me incomoda Abel falar palavrão, mas acho estranho ele chutar microfone e se aproximar furiosamente de Edina Alves, colocando a mão em seu ombro”, comentou. Quem também desaprovou o comportamento do técnico do Palmeiras foi o jornalista Diogo Olivier. Ele, inclusive, comparou Abel com o goleiro Bruno, ex-Flamengo, que foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. “É a história do goleiro Bruno do Flamengo. Ele foi goleiro do Flamengo por um tempão e ninguém se preocupou em saber como ele era. E aí vimos que era um assassino. Não é o extremo, mas vale para debate”, disse.

 

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