Tardelli diz que foi perseguido por torcedores do Santos após eliminação: ‘Falavam que eu ia morrer’

Como se não bastasse o doloroso revés nas quartas de final da Copa do Brasil, o veterano atacante passou por cenas de terror após deixar o estádio na Baixada Santista

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2021 10h37 - Atualizado em 15/09/2021 19h15
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Montagem sobre fotos/Reprodução/Instagram/@tardelli9/FERNANDA LUZ/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Diego Tardelli foi ameaçado após eliminação do Santos Diego Tardelli foi ameaçado após eliminação do Santos

O atacante Diego Tardelli fez a sua estreia no time profissional do Santos na noite da última terça-feira, 14, na derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR, na Vila Belmiro, em resultado que decretou a eliminação do Peixe nas quartas de final da Copa do Brasil. Como se não bastasse o doloroso revés, o veterano passou por cenas de terror após deixar o estádio na Baixada Santista. Através do Instagram, o jogador revelou que foi perseguido até o hotel em que está hospedado e foi ameaçado por cerca de dez torcedores santistas. “O que eu quero contar é uma cena de terror que eu acabei de passar, que eu nunca passei na minha vida e jamais imaginaria que um dia eu fosse passar por isso. Estava chegando aqui próximo ao meu hotel. Acredito que uns três ou quatro carros já estavam me seguindo. Até eu parar no sinal e nisso dois ou três carros me fecharam. Não tinha para onde correr. Começaram a quebrar meu carro, chutar, amassar. Falavam que eu ia morrer. Aquela tortura que eles fazem quando as coisas não vão bem. Isso me deixou extremamente triste, chateado”, contou.

Mesmo entrando no decorrer do segundo tempo, Tardelli diz ter sofrido ataques descomunais dos torcedores do Santos. “Acredito que eram, pelo que eu vi rápido, contando alto, em torno de 10 pessoas, torcedores. Dez vândalos. Torcida tem todo direito de cobrar. A fase do time realmente não é das melhores, mas isso não justifica. Infelizmente. Passar pelo que eu passei, durante 15 anos de carreira, é muito triste passar por isso. Se quiser ir no CT, qualquer lugar cobrar, xingar. Mas agredir, quebrar carro, tacar o terror… Isso não cabe mais no futebol”, falou o atacante, que só conseguiu deixar a emboscada após uma intervenção da polícia. “E não adianta porque não vai ter nenhuma punição. Poderia ter acontecido qualquer coisa comigo. Não tinha ninguém do lado. A sorte é que eu encontrei um policial no caminho do hotel e eles me escoltaram”, finalizou.

O Santos ainda não se manifestou sobre a situação. É fato, no entanto, que este não é o primeiro episódio envolvendo ataques a profissionais do Alvinegro praiano no ano. Ainda no começo da temporada 2021, o então treinador do time, o argentino Ariel Holan, pediu demissão após sofrer ameaças de torcedores na porta onde morava. Já na última terça-feira, parte da torcida foi até a saída do vestiário dos jogadores para protestar.

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