Daniel Alves dispara contra diretoria do São Paulo e relembra saída: ‘Cheguei no meu limite’

Multicampeão no Barcelona, PSG e Juventus, o lateral alega que a experiência o ajudou a tomar a decisão de forçar uma saída do Tricolor

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2022 15h22
EFE/Nelson Almeida Daniel Alves durante derrota do São Paulo para o Palmeiras pela Copa Libertadores da América Daniel Alves durante derrota do São Paulo para o Palmeiras pela Copa Libertadores da América

Daniel Alves deixou o São Paulo, em setembro do ano passado, de maneira conturbada. Após conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio-2020, o lateral-direito faltou na reapresentação e disse que só voltaria a jogar pelo time paulista caso a diretoria lhe pagasse o que estava devendo. Após um acordo entre as partes, ficou definido que o Tricolor irá quitar dívida de R$ 18 milhões em cinco anos. Sete meses depois, o jogador atacou a cúpula são-paulina e disse que precisou tomar a atitude depois de “chegar ao seu limite”.

“Fui vivendo várias fases no São Paulo, que foram me desacreditando que valeria a pena estar no clube. Tomei a decisão de ir para o São Paulo para realizar um sonho e pensando que poderíamos construir alguma coisa juntos”, disse o atual atleta do Barcelona, em série produzida pela Fifa e divulgada nesta terça-feira, 12. “Planejamos isso, mas começou a falhar a estratégia que tinham me convencido a vir. Eu cheguei no meu limite, entendeu? Essa é a real, chegou no meu limite”, disparou o ex-camisa 10 do Tricolor, demonstrando cerca mágoa.

Multicampeão no Barcelona, PSG e Juventus, Daniel Alves alega que a experiência o ajudou a tomar tal atitude. “Sou uma pessoa que gosta dos desafios, então comecei a ter resiliência e ter a inteligência de [pensar]: ‘Ok, isso não vai ser o que me planejaram, porque eles não têm poder de decisão, mas isso a gente pode dar um giro e tentar a adaptação do processo'”, relembrou. “Comecei a pensar muito se nos estávamos fazendo bem, porque quando você começa a viver lindos momentos, em lugares diferentes, você começa a comparar uma coisa boa e uma coisa ruim. Aí você fala: ‘Cara, a abelha não tem tempo de ensinar a mosca que mel é melhor que merda'”, afirmou.

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