Helen Luz, da LBF, defende esportes nas escolas e vaga do basquete no Rio 2016

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2015 14h27
Divulgação/LBF Para Helen Luz

Helen Cristina dos Santos Luz, mais conhecida como Helen Luz, marcou época na Seleção Brasileira feminina de basquete, pela qual conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Sidney de 2000. Agora, como vice-presidente da Liga de Basquete Feminino, a ex-ala-armadora contou à Rádio Jovem Pan sobre as dificuldades que nosso basquete enfrenta para repetir o sucesso de anos atrás.

“Recebi o convite para ser vice-presidente no ano passado, do pessoal da Liga, em especial da Hortência que estava deixando o cargo. Consegui contribuir com a minha experiência. Acredito que a Liga teve uma melhora muito grande comparando com o ano passado. A chegada de jogadoras estrangeiras fortaleceu as equipes”, disse. “A ideia é fazer com que o basquete saia do eixo São Paulo. Recife está mostrando que está conseguindo manter. Essa que é a importância da Liga, fortalecer e abrir portas para os times”.

Entretanto, apesar das melhoras, há muito a ser feito. “Não acredito que é a Liga que vai resolver os problemas do basquete feminino. Acho que é o trabalho da base. O basquete feminino foi aquele que ficou por décadas entre os quatro melhores do mundo, mas não se via um trabalho da base, e você não faz uma equipe vencedora da noite para o dia. O basquete é um esporte muito competitivo, praticado em todos os lugares do mundo”, explicou.

Para Helen Luz, o caminho a ser seguido é a valorização do esporte, especialmente dentro das escolas. “Os americanos são insuperáveis em tudo o que eles fazem. Primeiro pelo povo, que tem essa cultura do esporte, lá é quase uma religião. Segundo pela educação. Aqui, o professor de educação física não é valorizado”, analisou, antes de contar sobre um projeto que tem desenvolvido. “Eu tenho um projeto numa escola que tem 130 alunos. Se não tivesse, onde estariam essas 130 crianças que nunca viram basquete na vida? Tem que ir à escola e fomentar dessa maneira”.

O maior medo da ex-jogadora é ver o Brasil fora das Olimpíadas do Rio em 2016. Por isso, ela defende que nossas seleções ganham classificação automática por serem do país-sede. “Sempre foi assim em todos os lugares, em todas as Olimpíadas. Por que não podemos ter a vaga? De 1990 até 2008 o basquete feminino nos representou nas Olimpíadas. Hoje eu vejo o basquete brasileiro numa situação muito delicada, principalmente a Seleção feminina. São meninas muito novas, sem experiência. Há um grande risco de não irmos à Olimpíada”, finalizou.

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