Olegário Tolói de Oliveira, conhecido como Dudu, formou uma grande dupla com Ademir da Guia na época da Academia de Futebol, sendo campeão nacional por cinco vezes. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o ex-volante e capitão do Palmeiras enfatizou que o time não era formado apenas por ele e o “Divino”. “Sempre tivemos grandes jogadores e colocamos cinco ou seis jogadores na Seleção Brasileira”.
Conhecido por sua raça e espírito aguerrido dentro de campo, o senhor de 72 anos se diz triste por ver o clube que tanto ama na difícil situação que se encontra hoje em dia. “Infelizmente, nós olhamos o Palmeiras e ficamos tristes. Jamais terei palavras pejorativas contra os jogadores que lá estão hoje. Só torcemos para que a diretoria, jogadores e torcida possam colocar o time no lugar que é de direito do Palmeiras”, desejou.
Para o lendário jogador, que passou 12 anos no Academia, os cartolas que passaram pela administração do clube não souberam levar a “Era Parmalat”, quando o Verdão montou uma equipe forte e dominou o futebol Brasileiro em grande parte dos anos de 1990, para os anos conseguintes e manter um nível bom.
“O Palmeiras quando foi da ‘Era Parmalat’, logo em seguida se esqueceu de plantar a sua semente. Foi deteriorando, o que pode ser uma das causas deste momento, pois o time deveria ter aproveitado a situação e mantido o nível na diretoria, despesas e profissionalismo. Vários presidentes passaram e não souberam manter o equilíbrio daquela era, e deteriorou o futebol”, opinou. “Depois da primeira academia e da segunda, o melhor time que veio foi dessa época de 1994 e 95 que infelizmente não pode manter”, completou.
“Fizemos uma partida muito bonita. O Uruguai achando que o Palmeiras representaria o Palmeiras. Partimos para cima deles e eles não viram a cor da bola. Puxamos a torcida mineira para o nosso lado, pois estavam desconfiados do Palmeiras representando a Seleção Brasileira”, revelou.
O ídolo palestrino não sabe o que pensar sobre os boatos de Ronaldinho Gaúcho na Academia de Futebol. Dudu diz temer que a contratação aumente as dívidas da equipe e prejudique ainda mais o orçamento.
“Eu não tenho autoridade para dizer. Não vivo o clube internamente, escuto as notícias e participo torcendo. Depende, se ele chegar e resolver, vou bater palmas. Se não resolver, o Palmeiras vai aumentar a dívida, fica difícil o meu palpite”, finalizou.