Investigação aponta uso de contas na Suíça envolvendo Ricardo Teixeira
Ricardo Teixeira teria contas em pelo menos três bancos na Suíça
Ricardo Teixeira teria contas em pelo menos três bancos na SuíçaInvestigadores espanhóis apuram o uso de contas secretas na Suíça no esquema envolvendo o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Nesta quarta-feira, a procuradoria suíça confirmou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que está colaborando com as investigações sobre dirigentes do futebol na Espanha. Mas preferiu não detalhar nem os nomes e nem se as contas já foram bloqueadas.
Nesta semana, num caso envolvendo Teixeira, a polícia em Barcelona deteve cinco pessoas. A suspeita é de que os dirigentes tenham usado a seleção brasileira para lavar dinheiro, com contratos fraudulentos, empresas que passaram pelo Catar e contas secretas em Andorra. A reportagem apurou, agora, que Berna também esteve implicada no processo, diante da suspeita de que o dinheiro tenha passado pelos bancos alpinos.
“O Escritório do Procurador Geral confirma o recebimento de um pedido de assistência mútua enviado pela Espanha”, indicou a procuradoria em um comunicado ao Estadão. Segundo ela, o pedido está “atualmente sendo executado”. Na prática, isso significa que os extratos bancários solicitados estão sendo recolhidos e enviados para Madri.
Além do caso com Rosell, os norte-americanos também investigam Teixeira por contas controladas pelo ex-presidente da CBF em pelo menos três bancos suíços: o UBS, Banca del Gottardo e BSI.
Em apenas duas dessas contas, um total de US$ 800 mil foi transferido dos EUA para a Suíça, envolvendo a Somerton, empresa controlada pelo também brasileiro José Margulies. Ele é suspeito de agir como testa de ferro para o empresário J. Hawilla e realizar os pagamentos de propinas para dirigentes do futebol mundial. A empresa de fachada de Hawilla, portanto, também teria abastecido as contas suíças de Teixeira.
A suspeita do FBI é de que Teixeira usaria um nome de fachada para não ter sua identidade revelada, mas aparecia como beneficiário das contas. O “laranja” seria Willy Kraus, dono da Kraus Corretora de Câmbio, no centro do Rio de Janeiro. Para o FBI, Teixeira mantinha o “efetivo controle” sobre essas contas.
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