Jogos Olímpicos de Paris 2024: Confira tudo o que já sabemos sobre o maior evento esportivo do ano

Com cerimônia de abertura marcada para o dia 26 de julho de 2024, os Jogos irão durar até o dia 11 de agosto

  • Por Jovem Pan
  • 01/01/2024 10h33
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JOEL SAGET / AFP torre eiffel caindo aos pedaços Torre Eiffel foi pintada especialmente para receber os Jogos Olímpicos de 2024

Os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, é o evento esportivo mais importante do ano que vem. Com cerimônia de abertura marcada para o dia 26 de julho de 2024, as Olimpíadas irão durar até o dia 11 de agosto. Até o momento, 192 países confirmaram participação nos jogos. O Brasil é um dos países participantes, e a expectativa é que o país tenha uma delegação de cerca de 700 atletas. Além disso, por conta da guerra na Ucrânia, nenhuma bandeira, hino, cores ou qualquer outra identificação da Rússia ou de Belarus poderão ser exibidas. Neste caso, os atletas representarão apenas o comitê olímpico de cada país. Além disso, nenhum governo ou funcionário estatal russo ou belarusso será convidado ou credenciado para as olimpíadas. Paris 2024 trará as competições esportivas para o coração da “cidade luz”, e um grande exemplo disso é o fato de que a abertura acontecerá no rio Sena e poderá ser vista por parte do público em pontos da cidade, mesmo sem ingresso.

O desfile de atletas, que tradicionalmente acontece dentro de um estádio, será no Sena, com barcos para cada delegação nacional equipados com câmeras para que os espectadores possam acompanhar tudo ao redor do mundo. Os 10.500 atletas passarão por todo o centro de Paris. Durante a cerimônia, os atletas aparecerão no palco ao lado de atrações musicais que ainda não foram divulgadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Confira abaixo o que sabemos até agora sobre os Jogos Olímpicos de Paris.

Abertura

De forma inédita, a Cerimônia de Abertura será aberta a grande parte do público, sem ingresso para os espectadores nos setores superiores. Aqueles que quiserem ver a cerimônia nos setores inferiores, da ponte Austerlitz à ponte de Iéna, terão que comprar ingressos. De acordo com o COI, centenas de milhares de espectadores terão a chance de estar nas festividades, 10 vezes mais do que seria possível em um estádio Olímpico. Cerca de oitenta telões e caixas de som estrategicamente posicionadas permitirão que todos curtam a atmosfera do show, que promete reverberar por toda a capital francesa e ser a maior da história dos Jogos.

Paris receberá os Jogos Olímpicos de 2024

Imagem conceitual da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Reprodução/Twitter/@Paris2024)

O desfile no rio seguirá o curso do Sena, de leste a oeste, cobrindo uma distância de seis quilômetros. Partirá da ponte de Austerlitz, ao lado do Jardim das Plantas, passando por duas ilhas no centro da cidade, a Île Saint Louis e a Île de la Cité, então passando por baixo de diversas pontes. Os atletas verão alguns dos locais oficiais dos Jogos, como a Place de la Concorde, a Esplanade des Invalides, o Grand Palais, e por fim a ponte de Iéna, onde o desfile chega ao fim no Trocadéro, para o final da cerimônia. Monumentos icônicos poderão ser vistos durante o desfile, como a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre, a Pont des Arts e o Museu d’Orsay.

Revezamento da tocha olímpica

O Revezamento Olímpico da Tocha Olímpica começará sua jornada na França em 8 de maio de 2024, com a chama chegando a Marselha antes de 68 dias de viagem pelo território francês. Segundo informou o COI, a jornada da tocha começa com a chegada da chama olímpica em Marselha, em 8 de maio, vinda de Atenas, na Grécia. Durante o percurso, a tocha vai passar por 65 territórios, entre eles cinco ultramarinos. São eles: Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Polinésia Francesa e Reunião. Mais de 400 cidades fazem parte do trajeto e ao todo cerca de 10.000 pessoas levarão a tocha no tradicional revezamento e cada uma delas vai percorrer 200 metros do trajeto até o dia 26 de julho, quando a pira olímpica será acesa na cerimônia de abertura.

Mascote

Desde que Shuss, uma mascote vermelha, azul e branca em esquis, apareceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de Grenoble 1968, mascotes têm sido embaixadoras divertidas e festivas em momentos olímpicos. Agora é a hora das Phryges, os mascotes dos Jogos de Paris 2024. “Escolhemos um ideal em vez de um animal”, disse o presidente da olimpíada, Tony Estanguet, quando as mascotes foram reveladas em 14 de novembro. “Escolhemos o barrete frígio porque é um símbolo muito forte da República Francesa. Para os franceses, é um objeto muito conhecido que é um sinônimo de liberdade, um objeto que representará mascotes em todo o mundo. O fato de que a mascote Paralímpica tem uma deficiência visível também manda uma forte mensagem: a promoção da inclusão”, declarou.

As mascotes Phryge Olímpica e Phryge Paralímpica são baseadas nos barretes (gorros) frígios, que são um símbolo duradouro de liberdade na história francesa. “São uma referência comum para os franceses, inclusive no mundo da arte (como metáfora de liberdade) e como símbolo da República nas instituições francesas. Os barretes frígios podem ser vistos no topo da icônica figura Marianne em todos os prédios do governo e em moedas e selos franceses”, informa o COI. Também conhecido como gorro da liberdade, o barrete frígio se tornou um dos símbolos da República Francesa.

O ano do breakdance olímpico

Os Jogos Olímpicos de 2024 terão 48 modalidades esportivas e 32 esportes, com um total de 329 eventos. Nesta edição, breakdance ou breaking fará sua estreia, enquanto outros esportes terão provas novas e formatos revisados. Ao todo, são 32 dançarinos que farão a estreia do esporte em olimpíadas. Serão 16 B-Boys e 16 B-Girls (B-Boy e B-Girl são termos em inglês que designam homens e mulheres que praticam o breaking) que se apresentarão em La Concorde nos dias 9 e 10 de agosto. Após a adição bem-sucedida de outros esporte urbanos, como escalada, skate, BMX freestyle e basquete 3×3, ao programa de Tóquio 2020 há dois anos, Paris 2024 trouxe o breakdance no intuito de atrair ainda mais o público jovem para o evento. Os Jogos Olímpicos da Juventude foram o primeiro evento olímpico a ter o breaking, com 12 B-Boys e 12 B-Girls nos Jogos de Buenos Aires, em 2018.

Na modalidade os dançarinos se enfrentam em batalhas um contra um com uma música que é escolhida de forma aleatória pelo DJ. Tradicionalmente, um Sistema de Valor Triplo é usado para avaliar o desempenho dos competidores, usando três critérios: Fisicalidade (técnica e variação), Artístico (criatividade e personalidade) e Interpretação (performance e musicalidade). Cada categoria representa um terço da nota. No entanto, um novo sistema de julgamento foi introduzido para o breaking olímpico. O novo sistema incorpora cinco critérios: musicalidade, vocabulário, originalidade, técnica e execução. O sistema triplo ainda é a base, mas o breaking será avaliado nessas cinco categorias pelos juízes, que também terão um botão de penalidade na frente deles para usar em caso de mau comportamento.

Também será incluída em 2024 a modalidade de canoagem slalom extremo. Na disputa, quatro atletas competem em um percurso de corredeiras naturais ou artificiais, passando por portões que devem ser ultrapassados de forma correta e rápida. O percurso de slalom extremo é composto por portões de diferentes cores: verdes, vermelhas e brancas. Os portões verdes devem ser ultrapassados descendo a corredeira, as vermelhas subindo e as brancas podem ser ultrapassadas em qualquer direção. Os atletas recebem penalidades por cada portão que não ultrapassarem corretamente. A penalidade é de dois segundos para cada portão verde ou vermelha, e de cinco segundos para cada portão branco. O atleta que completar o percurso no menor tempo vence a prova.

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