Quem é Tatiana Weston-Webb? Gaúcha-havaiana medalhista de prata que escolheu defender o Brasil pelo coração
Nascida em Porto Alegre, ela se mudou com poucos meses para o Havaí e já foi a segunda melhor surfista do mundo
Tatiana Weston-Webb, ou Tati, se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica no surfe. Ela conquistou a prata na segunda-feira (5) nas Olimpíadas de Paris após chegar a uma final inédita contra a norte-americana Caroline Marks. Apesar do sobrenome fora do comum, ela é brasileira, mas tem raízes estrangeiras, porque seu pai é britânico e com poucas semanas de vida ela foi morar no Havaí, e cresceu entre o território havaiano e a Flórida. Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 9 de maio de 1996, ela escolheu defender o Brasil por amor. Tati é filha da bodyboarder brasileira Tanira Guimarães e do surfista britânico Douglas Weston-Webb. Seu primeiro contato com a água foi em terras havaianas quando, aos três anos, Douglas Weston-Webb pegou um par de boias, colocou nos braços da pequena Tati e a levou para o mar.Ela chegou a defender os Estados Unidos no surfe. Conquistou o torneio mundial júnior em 2013 e 2014, mas foi em 2018 que decidiu vestira as cores do Brasil. Tinha como objetivo defender o país nas Olimpíadas de Tóquio, realizada em 2021.
É casada com Jessé Mendes, surfista brasileiro, com quem está junto desde 2014. Ele foi uma das razões a mais para ela escolher competir pelo Brasil. “Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana, não sou havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo”, disse a surfista em entrevista ao podcast Olympics. “Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida”, acrescentou. Além de surfista, ela também já deu uma palinha como atriz. Foi duble da também surfista Bethany Hamilton, que perdeu o braço em um ataque de tubarão. Tati entrou para elite do surfe mundial em 2015, e sempre esteve entre as 10 melhores do mundo.
Em 2021, ocupava a segunda posição do ranking mundial das melhores surfistas, mas ficou com o vice-campeonato e foi superada por Carissa Moore. Teahupoo, na Polinésia Francesa, onde conquistou sua medalha olímpica, é um lugar especial para a brasileira. Em maio desde ano, mês do seu aniversário, fez a primeira nota 10 de uma mulher em Teahupoo, local que já foi proibido para mulheres competirem. Apesar do segundo lugar nos Jogos Olímpico, na WSL (atual liga mundial do surfe) ela ainda não conseguiu vencer e está na sétima posição. Em 2023, terminou em oitavo lugar.
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