Corinthians perde a cabeça, leva gol no fim e cai diante do Guaraní

  • Por Jovem Pan
  • 13/05/2015 23h53
EFE Guerrero não brilhou e caiu em Itaquera junto com o Corinthians

Primeiro colocado no Grupo da Morte da primeira fase, dono de um futebol vistoso e eficiente e favorito para as competições que disputava. Ninguém esperava que o Corinthians de Tite, em tão boa fase, poderia cair diante do desconhecido Guaraní-PAR nas oitavas de final da Libertadores. No entanto, a eliminação, que começou a ser construída com dois gols sofridos em Assunção, foi selada em Itaquera com dois cartões vermelhos. O time paraguaio, com poucos recursos e muita organização, se aproveitou, segurou o empate até o fim e ainda conseguiu fazer um gol: 1 a 0 e história feita.

Diante de um adversário recuado, o Corinthians começou a partida com uma boa estratégia: exploração massiva de subidas pelos lados e inversões de jogadas para confundir a marcação. Quase deu certo logo aos 4 minutos, quando Jadson completou cruzamento de Fábio Santos junto à trave direita e obrigou Aguilar a fazer boa defesa. Pouco depois, Guerrero cruzou da direita, Malcom desviou no alto e Elias, por pouco, não alcançou para marcar.

Com personalidade, Malcom foi pra cima e deu trabalho aos marcadores pela esquerda. Jadson, pelo meio, tentou lançamentos e chutes de fora da área, mas sem sucesso. O Guaraní aos poucos foi saindo da pressão. Muito organizado, o time paraguaio soube evitar as investidas rivais durante boa parte do primeiro tempo.

No entanto, o Corinthians, empurrado pela torcida, voltava a pressionar de tempos em tempos. Perto dos 35 minutos, a blitz voltou e só não resultou em gol porque Guerrero perdeu chance incrível: o peruano escorou para Jadson, que devolveu o passe e deixou o atacante cara a cara com Aguilar. A finalização, no entanto, saiu em cima do goleiro, que mandou para escanteio. O placar se manteve zerado até a ida para o intervalo, do jeito que os paraguaios queriam.

Diante da necessidade de fazer dois gols para levar a disputa aos pênaltis, Tite botou o time para frente, com o meia Danilo no lugar do zagueiro Felipe e Mendoza no lugar de Malcom. Com tamanha exposição, tudo que o Corinthians não precisava era perder mais um jogador de defesa. Mas foi o que aconteceu aos 7 minutos: Fábio Santos fez falta no meio de campo, seguiu a jogada e deixou a sola no adversário em dividida. Resoluto, o árbitro tirou o cartão vermelho no bolso.

A missão, que já era complicada, ficou ainda mais difícil com o passar do tempo e a falta de bom futebol por parte do time alvinegro. Pior que isso: Jadson perdeu a cabeça e, aos 23 minutos, entrou de sola e com a mão no rosto do adversário em dividida. Segundo cartão amarelo para o meia, também expulso de campo.

As expressões dos torcedores e jogadores corintianos denunciavam o triste fim da equipe na Libertadores, mesmo com metade do segundo tempo pela frente. Foi realmente o que aconteceu: os minutos se arrastaram sem muitas chances de gol, num martírio para quem acompanhava um dos melhores times do torneio caindo diante de um adversário muito menos expressivo.

O último prego do caixão veio aos 46 minutos, quando Fernández recebeu passe na área após cruzamento, dominou e fuzilou. Gol da vitória e para coroar o feito heroico do Guaraní.

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