Maradona pode ser julgado por difamação após críticas à Receita da Itália

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 14h52
EFE Maradona se envolveu em nova polêmica ao chamar o ex-genro Sergio Agüero de "cagão"

O ex-jogador Diego Maradona poderá ser julgado por difamação após se dizer vítima de uma perseguição injusta promovida pelo Equitalia, órgão responsável pela fiscalização do pagamento de impostos na Itália e que o acusa de sonegar 40 milhões de euros durante sua passagem pelo Napoli.

A promotoria de Roma solicitou a realização de um julgamento, uma decisão que será tomada pela juíza Chiara Giammarco, no dia 18 de março. O ex-presidente do Napoli, Attilio Befera, e o advogado do argentino, Angelo Pisani, também podem ser julgados.

O promotor Nicola Maiorano, segundo a imprensa italiana, acusa Maradona de ter declarado, por várias vezes, tanto em discursos públicos como em reuniões privadas, ser “vítima de uma perseguição instrumental por parte da Equitalia”. O ex-craque argentino ainda teria afirmado que o órgão usou “documentação falsa e procedimentos irregulares”.

Maradona afirmou, através de nota divulgada por seu advogado, que não houve difamação porque “o direito de se defender está contemplado na Constituição”.

“Maradona só exerceu legitimamente nas instâncias competentes seu direito de se defender e afirmar sua inocência. Ele foi uma vítima midiática de exigências injustas e infundadas”, destacou Pisani em declarações à imprensa italiana.

Os advogados da Equitalia, Emilio Ricci e Antonella Follieri, denunciaram uma “grande campanha degradante por parte da imprensa”. Segundo eles, o órgão é descrito pelos veículos de comunicação italianos como “injusto e prevaricador”.

O Fisco italiano exige que o argentino desembolse 40 milhões de euros por não ter pago o imposto relativo às pessoas físicas durante a segunda metade da década de 80, quando jogava no Napoli.

Maradona sempre argumentou que ele não se ocupava de tais assuntos fiscais e que quem o tinha que fazer, a direção do clube, não se ocupou disso.

Na tentativa de recuperar a dívida, a Polícia Financeira italiana já confiscou, na época, brincos de Maradona que usava enquanto estava em um centro de emagrecimento do norte da Itália, que posteriormente foram leiloados em 2010 por 25 mil euros.

Em 2006, aproveitando outra visita do astro do futebol argentino à Itália, foi-lhe confiscado um relógio Rolex avaliado em 11 mil euros.

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