Marco Aurélio Cunha pede investigação em gestão Aidar: “não posso admitir esse tipo de situação”
Figura marcante na política do São Paulo, Marco Aurélio Cunha não está surpreso com a atual crise instalada no clube do Morumbi. Em entrevista exclusiva à rádio Jovem Pan, Marco Aurélio analisou o momento conturbado no tricolor, lamentou a situação e destacou que não pensa em se candidatar ao cargo de presidente após renúncia de Aidar e que, para ele, o melhor para o São Paulo agora seria que “grandes são-paulinos” conduzam o clube até as próximas eleições.
“Eu sou, modéstia a parte, aclamado nas redes sociais pelos torcedores para que um dia eu seja presidente. Espero que esse dia chegue. Só vejo que, nesse momento, temos que consertar o estrago no clube por esses eventuais malfeitos e temos que começar a corrigir os rumos”, comentou.
O ex-dirigente tricolor destacou que, na sua opinião, o melhor para o clube hoje seria que uma diretoria provisória, comandada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Leco, comandasse o São Paulo até o fim do mandato que seria de Aidar.
“O Leco é um personagem do São Paulo há muitos anos, bem quisto por um uns; mal visto por outros. Mas é um sujeito de bom caráter. O São Paulo precisa, nesse momento, de força de trabalho no sentido de convergir numa mudança no clube. Acho que, se for o caso , o Leco assume, convoca uma diretoria temporária. E tenho a impressão que pra esse mandato curto de 1 anos e 7 meses, quem é são-paulino deveria ajudar o São Paulo. Até lá, não criar mais atritos, mais divergência formando grupos paralelos”, disse.
“É a hora dos grandes são-paulinos sentar a mesa e conduzir esse um ano e sete meses, até na figura do presidente do conselho. Eu vou apoiar a tranquilidade do São Paulo. Se eu pensasse em mim, sairia candidato. Como são-paulino, penso que tem que dar a chance do Leco organizar até 2017”, completou.
Funcionário do clube durante o primeiro mandato de Aidar durante os anos 80, Marco Aurélio Cunha destacou que, embora goste do presidente são-paulino, é preciso uma grande investigação que apure os erros da gestão.
“Não quero fazer acusações no sentido moral de um amigo. Mas não posso admitir esse tipo de situação. Respeito pessoas e respeito profundamente o passado vivido pelo Carlos Miguel. Fui medico do São Paulo quando ele era presidente. Passado não se nega. Lembro-me do passado com saudade e lamento o presente”, afirmou o ex-médico do São Paulo.
“Acho que, em primeiro lugar, temos que fazer a governança, sem deixar de investigar cada contrato, cada relação comercial. Uma analise profunda de cada passo feito nessa administração”, completou.
Última grande atitude de Aidar a frente do time do Morumbi, a contratação do técnico Doriva também foi analisada por Marco Aurélio Cunha. Para o ex-dirigente, o jovem treinador não é o nome ideal para comandar a equipe.
“Nesse momento, não (contrataria Doriva). É um momento muito conturbado do São Paulo, embora tecnicamente esteja bem. Acho o Doriva um ótimo menino, mas sinto que pode trazer problema pra ele próprio, numa situação conturbada do próprio São Paulo. Espero que ele tenha capacidade estrutura pra isso. O momento não ajuda. Lamento que pessoas boas sejam contaminadas em momentos ruins”, analisou.
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