Um dos maiores duplistas do tênis brasileiro, André Sá já está no circuito desde 1996 e isso não o impede de ainda sonhar muito. Mesmo com quase 38 anos de idade (faz aniversário no dia 6 de maio), o mineiro não pensa em parar agora. Pelo menos não antes de conquistar uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o experiente tenista não escondeu que ainda está firme e forte dentro do circuito da ATP de olho na preparação e na busca por uma vaga na maior competição do esporte mundial. Recentemente, ao lado do companheiro finlandês Jarkko Nieminen, ele foi campeão de duplas no ATP 250 de Buenos Aires.
“Tive a felicidade, junto com o Jarkko Nieminen, ganhar um torneio em Buenos Aires, torneio duro, no saibro lento, condições não tão ideais para o meu estilo de jogo, mas a gente conseguiu se superar e se manter no topo do esporte até hoje. É algo incrível para mim. E tem Olimpíadas no ano que vem, que é o objetivo principal. Por isso que eu estou correndo o circuito ainda a todo vapor para conseguir essa vaga. Seriam as minhas quartas Olimpíadas”, disse Sá, que soma 19 anos de carreira profissional. “Eu já participei das três últimas edições e pode jogar uma última em casa seria fantástico. O grande objetivo são as Olimpíadas. Ainda mais sendo no Rio de Janeiro, isto dá uma motivação muito grande. Vou jogar todos os Slams. Como eu falei, tem que correr o circuito normalmente. Estou correndo atrás do melhor ranking possível”, prosseguiu.
André Sá explicou como é o sistema de classificação para os Jogos Olímpicos.
“Cada país tem direito a duas duplas. São, no máximo, seis jogadores. Os quatro primeiros do país e duas duplas. São quatro simples, duas duplas e, no máximo, seis jogadores do país. Se fosse hoje, a gente estaria dentro, mas é pelo ranking, então precisa esperar até o ano que vem, um tempinho antes. Acho que uns três meses antes que eles decidem, usando o ranking da ATP”, observou.
Sobre a avançada idade para o esporte, André Sá confessou que o nervosismo antes das competições continua o mesmo, mas disse que tem algo que muda com a idade.
“O que a gente aprende é lidar melhor com as derrotas. Quanto mais cedo você aprender a lidar com as derrotas e já pensar no jogo seguinte, a sua chance de ter sucesso, isto em qualquer área, é maior”, finalizou.