Órgão do governo romeno investiga caso de racismo contra jogador brasileiro

  • Por Agencia EFE
  • 07/10/2014 13h21

Bucareste, 7 set (EFE).- O conselho do governo romeno contra discrimação está investigando a acusação feita pelo atacante brasileiro Wellington, do Concordia Chiajna, que garante ter sido vítima de racismo, em jogo com o Rapid Bucareste, pelo campeonato de futebol do país.

A informação da abertura do procedimento foi publicada nesta terça-feira pelo jornal “Gazeta Sporturilor”. O atleta, que no Brasil vestiu as camisas do América, do Rio de Janeiro, e do Sertãozinho, entre outros, denunciou durante a partida realizada na sexta-feira, o lançamento de uma casca de banana contra ele.

O jogador teria indicado ao árbitro que torcedores do Rapid teriam sido responsáveis pelo ato, e entregou a casca ao árbitro, Marian Balaci. O responsável pela arbitragem, no entanto, ignorou a acusação de Wellington e ainda mostrou cartão amarelo a ele.

No fim da partida, válida pela 10ª rodada do Campeonato Romeno, o brasileiro chorou ainda na zona mista, ao dar entrevista para jornalistas do país. Segundo o atacante, episódios de racismo têm se repetido.

“Quis até sair do jogo. Pedi ao árbitro que fizesse algo e ele me mostrou cartão amarelo. Voltei a falar com ele, falei que não estava certo e ele me ameaçou com o cartão vermelho”, afirmou Wellington à emissora “Look TV”.

“Não posso aceitar o racismo. Aceitaria as desculpas dos torcedores, mas eles precisam pagar por isso”, completou o jogador do Concordia Chiajna.

O técnico do Rapid, Marian Rada, minimizou o incidente, garantindo que o jogador exagerou na redação. O profissional ainda disse que Wellington estaria fazendo “teatro”, ao explicar que o máximo que poderia ter acontecido foi um torcedor comer uma banana e deixar cair a casa no campo.

Segundo o jornal romeno “Gazeta Sporturilor”, a investigação aberta pretende determinar a atuação de polícia, do árbitro, e da Federação Romena de Futebol, que ainda não se pronunciou sobre o fato. EFE

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