Após denúncias na ginástica, Diego Hypólito lamenta fim de patrocínio: “está tudo desmoronando”

  • Por Allan Brito/ Jovem Pan
  • 09/05/2018 14h24 - Atualizado em 09/05/2018 14h31
Ricardo Bufolin/CBG Fernando de Carvalho Lopes, acusado de abuso sexual, observa apresentação de Diego Hypolito

A ginástica artística brasileira passa por uma crise cada vez maior. Além das denúncias de abuso sexual e bullying que surgiram recentemente, o esporte também está perdendo patrocínio da Caixa Econômica Federal. Nesta quarta-feira (9), o medalhista olímpico Diego Hypólito deu entrevista à Rádio Jovem Pan e lamentou tudo que tem acontecido.

Hypólito confirmou que a Caixa não renovará o contrato com o clube no qual ele treina, em São Bernardo, que vai durar só até agosto de 2018. Além disso, o banco também está reavaliando os contratos com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

Tudo isso revolta Hypólito: “o patrocínio não será renovado. Me preocupa muito, porque é onde treino e de onde recebo. Me chateia, depois de situações como essa, ainda perder patrocínio. Parece que está tudo numa avalanche, desmoronando. A gente precisa de incentivo”, afirmou ele, que não sabe dizer se essas decisões da Caixa têm a ver com as questões de abuso sexual e bullying.

Diego Hypólito foi treinado pelo técnico acusado de abuso sexual, Fernando Carvalho Lopes, mas não fez denúncias contra ele. Porém, relatou casos graves de bullying que sofreu na adolescência.

Diego é irmão de Daniele Hypólito, também ginasta, e comentou sobre a reação dela ao caso: “ela ficou bastante chocada. Nós somos reféns de situações como essa. A gente não tem como saber. Existem muitos casos de bullying em todas áreas, não só no esporte. Para ser melhor a gente precisa mudar essas atitudes. Não pode deixar mais que essas coisas continuem acontecendo”.

Recentemente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos mau-tratos anunciou que vai convidar Diego Hypólito para dar depoimento, mas ele não quis comentar sobre assunto. Alegou que precisa conversar com o presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR/ES).

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