Rebeca Andrade vai dar a bandeirada final do GP de São Paulo de Fórmula 1
Dona de duas medalhas das Olimpíadas de Tóquio-2020 e outras duas no Mundial de Ginástica Artística, a ginasta foi convidada pelos organizadores da F1
Os organizadores do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 informaram que a atleta Rebeca Andrade, dona de duas medalhas das Olimpíadas de Tóquio-2020 e outras duas no Mundial de Ginástica Artística, será a responsável por dar a bandeirada final da prova, marcada para acontecer no dia 14 de novembro, no Autódromo de Interlagos. Em nota, a organização informou que a ginasta foi convidada pela organização da prova, com o aval da FIA e da Fórmula 1, como uma homenagem às conquistas internacionais do esporte brasileiro.
“Eu saí do meu corpo e voltei quando recebi o convite. Um sinal de respeito, uma homenagem às minhas vitórias. Eu nem consigo achar palavras para descrever o que estou sentindo. Nunca pensei que tivesse tantas oportunidades. Eu sempre lutei muito para me colocar como mulher e pela comunidade preta e usar bem esse ‘poder’ que o esporte me deu. Estou muito feliz”, disse Rebeca, ginasta que acompanhará uma corrida de Fórmula 1 pela primeira vez e que se diz fã de Ayrton Senna. “As coisas que ele fez, como se portava, como pensava. Eu me espelhei muito nele. Há duas frases dele que eu gosto bastante: ‘Se você quiser ser bem-sucedido tem que ter dedicação total. Buscar seu último limite e dar o seu melhor. É uma coisa que eu faço todos os dias porque é meu trabalho e porque eu quero inspirar outras pessoas. Mas também faço muito por mim. A outra é: ‘Seja você quem for, qual for a sua posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força e muita determinação e sempre faça tudo com muita força e muita fé em deus, que algum dia você vai chegar lá’. Eu me identifico muito com isso”, completou.
A honra de dar a bandeirada final num GP de Fórmula 1 é concedida para poucos no circuito. Em São Paulo, estrelas do porte de Pelé e a modelo Gisele Bündchen já tiveram a oportunidade. O Rei do Futebol, por sinal, viveu uma das situações mais curiosas da corrida paulista ao esquecer de dar a bandeirada para o alemão Michael Schumacher na prova disputada em 2002. Rebeca, por sua vez, vive o auge da carreira. Depois de conquistar a medalha de ouro no salto e a prata no individual geral nas Olimpíadas de Tóquio, ela foi a porta-bandeira na despedida dos Jogos. Já no mês passado, a paulista se tornou a primeira brasileira a conquistar duas medalhas em um Mundial de Ginástica (ouro no salto e prata nas barras assimétricas), em Kitakyushu, no Japão.
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